Lojistas reclamam de queda nas vendas durante jogos da Copa
São Paulo (Agência Hoje) – Comerciantes de São Paulo e de várias cidades do país afirmaram esta semana que as vendas caíram significativamente em setores representativos do comércio por conta da Copa. A queda atingiu inclusive o setor de televisores, que costuma crescer durante grandes eventos esportivos.
Para a maioria dos lojistas, as altas taxas de financiamento e a inflação estão assustando os consumidores. Outro fator ue faz cair as vendas é a dificuldade de crédito, cada vez mais restrito por causa da política dos bancos e financeiras. Por conta das dificuldades, os consumidores estão tendo dificuldades para fazer compras.
Em Belo Horizonte, já existe uma antecipação nas liquidações de Inverno que geralmente acontecem no final de julho. As lojas dão até 70% de desconto para os clientes, a fim de acabar com o estoque que se acumulou nos últimos meses. A gerente de uma loja afirmou que está tentando incentivar os compradores, só que ninguém está se importando com mais nada além da Copa.
No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes aderiu aos recessos e meio expediente durante os dias de jogos do Brasil no Maracanã, mas não impediu os comerciantes de abrirem as portas dentro do horário comercial. Vendedores reclamam que mesmo com a medida, nenhum estrangeiro se interessa em fazer compras por conta da alta taxa tributária em cima dos produtos. Em seus países eles teriam opções bem mais em conta.
Segundo dados apresentados pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o comércio varejista de Uberlândia também não tem se beneficiado com a Copa do Mundo. As vendas tiveram uma queda de 55% em relação ao mesmo período em 2013.
Um problema apontado pelos comerciantes é o horário comercial reduzido em dia de jogos, o que só tem beneficiado o comércio alimentício. Esperava-se arrecadar no mínimo 5% a mais no Dia os Namorados desse ano em relação a 2013, porém o crescimento ficou abaixo do esperado beirando os 0,5%.
A partida do Brasil na sexta-feira (4) forçou o comércio a fechar as portas antes das 16h, um dia crucial para os vendedores que aproveitam o movimento do final da semana. Em números, é uma queda de 40%, fato que está impediu o comércio de movimentar R$ 1 bilhão.
