Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, considera que o Mercosul estaria melhor sem a Venezuela; que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff não foi um golpe; e que a parceria com o Brasil está acima das “políticas conjunturais” do momento. Ele manifestou essas opiniões nessa quarta-feira (28), em entrevista a um pequeno grupo de jornais brasileiros - cinco dias antes de receber o presidente Michel Temer, que viajará para Buenos Aires na próxima segunda-feira (3).
A viagem para a Argentina será a primeira visita bilateral de Temer, que, como presidente, fez duas viagens ao exterior – à China, para a reunião do G-20 (grupo dos vinte países mais desenvolvidos) e aos Estados Unidos (para a Assembleia Geral das Nações Unidas). Ele chegará a Buenos Aires no final da manhã, acompanhado de um grupo de ministros, para se reunir com Macri. Depois do almoço, Temer viajará a Assunção para um encontro com o presidente do Paraguai, Horácio Cartes.
Na agenda do encontro entre Macri, Temer e Cartes, que ainda não foi definida, estão temas que preocupam os três governos: o combate ao narcotráfico e ao contrabando na Tríplice Fronteira; a recuperação econômica regional (depois da queda dos preços das commodities); e o futuro do Mercosul, que hoje vive uma crise institucional.