Manifestações violentas têm confrontos na Marginal Pinheiros; PM prende 56 pessoas - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
15/10/2013 - 21h50m

Manifestações violentas têm confrontos na Marginal Pinheiros; PM prende 56 pessoas

Agência Brasil/Bruno Bocchini 
Agência Brasil/Marcelo Camargo
Grupo de manifestantes mascarados entraram em confronto com a PM na Marginal Pinheiros
Grupo de manifestantes mascarados entraram em confronto com a PM na Marginal Pinheiros
  • Professores em protesto saíram do Largo da Batata, em Pinheiros, e se dirigiram para o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi
  • Movimento dos professores começou pacífico, mas terminou em ataques a lojas e bancos e confronto com policiais

São Paulo – A Polícia Militar deteve, até o momento, 56 pessoas na manifestação que percorria a Marginal Pinheiros, na capital paulista, e que acabou em confronto no início da noite. Os detidos foram levados para o 89º Distrito Policial, localizado no Morumbi, zona sul da cidade. A informação é da assessoria de imprensa da PM. Os manifestantes pediam melhorias na educação pública do estado.

A maioria das pessoas foi detida no confronto que ocorreu nas proximidades da Ponte Euzébio Matoso, na Marginal Pinheiros. O grupo seguia com destino ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, ocupando parte das vias destinadas aos carros. No entanto, alguns participantes mascarados tentaram bloquear totalmente a via no sentido Interlagos. A polícia entrou em confronto com os mascarados e passou a disparar gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.

Algumas das bombas atingiram carros e ônibus com passageiros que estavam presos no congestionamento. Muitas pessoas tiveram de deixar os veículos em razão da ação do gás lacrimogêneo.

Parte dos manifestantes tentou se abrigar em uma loja da rede Tok&Stok que estava aberta aos clientes. Houve tumulto e parte do estabelecimento foi depredada. A polícia chegou a jogar bombas dentro do local.

Após o confronto, a manifestação se dispersou e a Marginal Pinheiros foi liberada ao trânsito. Em grupos menores, manifestantes continuaram a seguir por trajetos diferentes em direção ao Palácio dos Bandeirantes. Há o registro de depredação, por parte de pessoas mascaradas, a agências bancárias, ônibus do transporte coletivo e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Também houve tumulto à tarde, quando trabalhadores sem teto entraram em confronto com policiais militares e guardas municipais no momento em que tentavam entrar na Câmara Municipal para cobrar reivindicações sobre moradia e reforma urbana.

NO RIO, PROTESTOS GERAM TUMULTO E CONFRONTO COM POLICIAIS

Rio de Janeiro (Agência Brasil/Vladimir Platonow e Vinicius Lisboa) – Policiais militares e grupos de manifestantes entraram em confronto durante manifestação. O protesto começou por volta das 18 horas e seguiu sem tumulto até as 20h15. Professores e demais profissionais de educação em greve, que participavam da passeata em defesa da educação e que marcou o Dia do Professor, se dispersaram próximo à Câmara dos Vereadores assim que começou o tumulto. Antes da confusão, a maior parte dos participantes já havia deixado o protesto com a saída dos carros de som do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).

A confusão teve início quando um grupo de manifestantes que estava próximo ao Quartel-General da Polícia Militar (PM), na Rua Evaristo da Veiga, decidiu se deslocar em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As primeiras bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pela polícia na Rua Araújo Porto Alegre, entre o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. Depois, foram disparadas bombas de gás nas proximidades do Theatro Municipal.

Alguns manifestantes chutaram as bombas de volta em direção aos policiais e dispararam rojões. Muitos estão com os rostos cobertos e alguns têm ligação com o grupo Black Bloc. Um grupo ateou fogo em sacos de lixo. Quando os manifestantes chegaram na Rua Santa Luzia, jogaram pedras nos policiais. Um micro-ônibus da polícia foi depredado e teve os vidros quebrados.

Ao final do ato, foram soltos fogos de artíficio. Um deles explodiu na altura do quinto andar de um prédio. Um manifestante, vestido de preto e com o rosto coberto, pichou a parede lateral da Câmara de Vereadores, na Rua Evaristo da Veiga, com a frase "Não vai ter Copa".

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