Mercosul vai discutir cláusula democrática contra a Venezuela - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
25/10/2016 - 10h30m

Mercosul vai discutir cláusula democrática contra a Venezuela

Agência Brasil/Agência Lusa 
Divulgação/Secretaria do Mercosul
Aplicação da cláusula democrática pode implicar a suspensão da Venezuela do bloco econômico e de benefícios ligados ao grupo
Aplicação da cláusula democrática pode implicar a suspensão da Venezuela do bloco econômico e de benefícios ligados ao grupo

Buenos Aires - O Mercado Comum do Sul (Mercosul) vai se reunir nos próximos dias para debater se aplicará a cláusula democrática contra a Venezuela, anunciou nesta terça-feira (25) em Buenos Aires, na Argentina, o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez.

"Com respeito à cláusula democrática, o Mercosul tem de se reunir para discutir o tema. O Uruguai estará presente e discutiremos isso com seriedade e responsabilidade", disse, após reunião com o presidente argentino, Mauricio Macri, mas sem adiantar a data e o local do futuro encontro.

Macri manifestou a preocupação de ambos com a situação atual no país, alertando que "do jeito que está, a Venezuela não pode fazer parte do Mercosul e tem de ser condenada por todos os países do continente e do mundo".

A aplicação da cláusula democrática pode implicar a suspensão da Venezuela do bloco econômico e de benefícios ligados ao grupo, como a livre circulação de pessoas e a união alfandegária.

A posição foi manifestada depois de o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ter adiado, na sexta-feira (21), "até nova ordem judicial", a coleta de assinaturas para a realização do referendo destinado a revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro, pedido pela oposição.

Em setembro, a Argentina o Brasil, Paraguai e Uruguai anunciaram que iam assumir conjuntamente a presidência semestral da organização, rejeitando a transmissão do cargo à Venezuela.

Na ocasião, os países fundadores do Mercosul ameaçaram ainda "suspender" a presença da Venezuela na organização, caso o país não respeite as "disposições jurídicas" até o início de dezembro.

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