Merkel defende união mundial para garantir proteção de dados - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
20/07/2013 - 19h41m

Merkel defende união mundial para garantir proteção de dados

Agência Brasil/Renata Giraldi* 
Agência Hoje/Arquivo
Angela Merkel defende acordo para garantir privacidade
Angela Merkel defende acordo para garantir privacidade

Brasília – A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu hoje (20) a adoção de um acordo mundial sobre proteção de dados privados na internet. A iniciativa ocorre em meio à divulgação de denúncias de espionagem de agências dos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e estrangeiros. Ela comparou o futuro acordo ao existente sobre mudanças climáticas, o Protocolo de Quito, no qual os países se comprometem a assumir responsabilidades.

"Deveríamos ser capazes no século 21 de assinar acordos mundiais. Se a comunicação de dados levanta no mundo inteiro novas questões, então devemos enfrentar o desafio. A Alemanha vai empenhar-se nesse sentido", disse a chanceler. A afirmação dela foi dada ao jornal semanal da Alemanha Welt am Sonntag.

Candidata às eleições legislativas de 22 de setembro na Alemanha, Merkel é cobrada por políticos e também pela sociedade alemã para tomar providências sobre as denúncias do ex-consultor da Edward Snowden em relação ao esquema de espionagem.

O ministro do Interior da Alemanha, Hans-Peter Friedrich, pediu aos Estados Unidos para que divulguem informações detalhadas sobre o caso. Para Friedrich, especialistas europeus e dos Estados Unidos deveriam se reunir no dia 22, em Bruxelas (Bélgica, sede da União Europeia), para trocarem informações sobre o assunto.

No Brasil, a presidenta Dilma Rousseff conversou ontem (19) com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone. Biden telefonou para Dilma para dar explicações sobre as denúncias de violação da privacidade de brasileiros e instituições do país. A ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, disse que a ligação durou 25 minutos.

Segundo Helena Chagas, Biden lamentou a repercussão negativa que a notícia teve no país e reiterou a proposta, feita anteriormente pelo embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, para que uma delegação do governo brasileiro vá a Washington para receber explicações mais detalhadas - técnicas e políticas.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

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