Metalúrgicos da GM em São José dos Campos entram em greve contra novas demissões - Hoje São Paulo
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10/08/2015 - 11h27m

Metalúrgicos da GM em São José dos Campos entram em greve contra novas demissões

Agência Brasil/Marli Moreira 
Reprodução
Metalúrgicos da General Motors decidem parar em protesto contra demissões em São José dos Campos
Metalúrgicos da General Motors decidem parar em protesto contra demissões em São José dos Campos

São José dos Campos, São Paulo - Os metalúrgicos da fábrica da General Motors (GM), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, iniciaram nesta segunda-feira (10) greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia, no começo da manhã e tem o objetivo de pressionar a montadora para abrir negociações e rever as demissões anunciadas, no último sábado (8).

De acordo o sindicato da categoria, compareceram à assembleia mais de 4 mil trabalhadores dos 5,2 mil que atuam na unidade onde são produzidos os modelos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação (CKD). O número exato de demitidos ainda não foi informado pela GM, mas pelo menos 250 metalúrgicos teriam sido informados por telegrama do seu desligamento da empresa.

Para hoje (10) estava previsto o retorno de 798 empregados que estavam afastado pelo sistema lay-off (suspensão temporária dos contratos do trabalho) desde o último dia 9 de março. Estes metalúrgicos não estão entre os demitidos porque têm estabilidade garantida por mais três meses.

“Fomos surpreendidos na véspera do Dia dos Pais com essa ação unilateral da GM e queremos que esse processo seja revertido porque a montadora ainda tem muita gordura para queimar”, justificou Renato de Almeida, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

Ele informou que pretende pedir uma reunião com a diretoria da GM para discutir uma solução para crise no emprego. Segundo o sindicalista de janeiro até agora, as montadoras instaladas no Brasil já cortaram mais de 8 mil postos de trabalho. “Não podemos aceitar que os trabalhadores sejam penalizados e que paguem o preço dessa crise política e econômica”, defendeu.

O líder sindical afirmou que além dos piquetes para convencer os metalúrgicos dos demais turnos a cruzarem os braços, a categoria poderá fazer também passeatas. A Agência Brasil procurou a GM para se posicionar sobre a mobilização, mas até o fechamento desta edição ainda não havia recebeu retorno.

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