Morre, depois de ser linchado, suspeito de maus-tratos ao filho - Hoje São Paulo
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05/06/2012 - 15h26m

Morre, depois de ser linchado, suspeito de maus-tratos ao filho

Folhapress/Wolfgang Pistori 

RIBEIRÃO PRETO, SP, 5 de junho (Folhapress) - Após ter sido linchado por moradores da Vila Tibério, bairro de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Adenilson Cabral dos Santos, 19, morreu ontem.

O linchamento, segundo a polícia, ocorreu porque os moradores acusam Santos de ter causado a morte do próprio filho, de sete meses, no último sábado.

Santos morreu após sofrer traumatismo craniano decorrente das agressões. Ele estava internado na Santa Casa de Ituverava.

Segundo a polícia, ele e a mulher, Bruna Tamires Oliveira Silva, 18, mãe do menino, eram usuários de crack e moravam na Favela do Brejo, em Ribeirão.

O velório e o enterro do rapaz estão marcados para hoje, em Miguelópolis, cidade onde residem os pais do rapaz.

Bruna também chegou a ser agredida, porém sem ferimentos graves, segundo a mãe dela, Maria Rosinete da Silva. A mulher de Santos está grávida de três meses e foi morar em Jardinópolis.

Depois de saber que o filho foi agredido, Santos foi levado para Miguelópolis pela família, mas ao ver piorar o estado de saúde do rapaz, seus pais o levaram para a Santa Casa de Ituverava, segundo um funcionário da Santa Casa que acompanhou o caso.

ORIGEM DAS AGRESSÕES

A mãe de Bruna afirmou, no boletim de ocorrência, que o neto de sete meses não sofreu agressões do casal. Segundo ela, ele ficou ferido após uma queda no banheiro.

O menino morreu no sábado, após ser atendido na UBDS (Básica Distrital de Saúde) do Sumarezinho. Ele apresentava ferimentos na cabeça e febre antes de sofrer parada cardiorrespiratória que culminou na morte.

Ainda sem registro de nascimento, a criança passou, pelo menos, três vezes pela unidade do Sumarezinho entre 10 de março e 2 de junho.

O atestado de óbito relata que a criança morreu de pneumonia e choque séptico. Porém, um laudo do IML (Instituto Médico Legal) deve revelar a causa da morte em até 60 dias.

A Polícia Civil afirma que o caso foi registrado como lesão corporal seguida de morte.

A morte do menino será investigada pela Delegacia de Defesa da Mulher de Ribeirão Preto. Já o caso do pai ficará sob os cuidados da Polícia Civil de Ituverava.

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