Neymar, Fred e Fernandinho fazem os gols da vitória brasileira. Que venha o Chile! - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 26/04/2024
 
23/06/2014 - 19h15m

Neymar, Fred e Fernandinho fazem os gols da vitória brasileira. Que venha o Chile!

Agência Hoje/Edmundo Fortes, enviado especial 
Agência Brasil/Marcello Casal Jr
Neymar fez dois gols contra a seleção de Camarões e mais uma vez desequilibrou a partida
Neymar fez dois gols contra a seleção de Camarões e mais uma vez desequilibrou a partida

Brasília (Agência Hoje/Edmundo Fortes) - Diante de quase 70 mil torcedores que gritaram sem parar, o Brasil fez 4 a 1 sobre Camarões  e readquiriu a confiança. Com a vitória, a seleção ficou em primeiro lugar no grupo A, com 7 pontos ganhos e agora pega o Chile em partida marcada para sábado, 28, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Mais uma vez Neymar foi o jogador diferenciado. Fez dois gols e participou de todas as jogadas de ataque do Brasil, correndo, dando passes, driblando e deixando os adversários aturdidos. Fred também desencantou, marcou um gol de cabeça em um momento importante do jogo, aproveitando cruzamento de Marcelo, depois de receber passe de David Luiz.

O quarto gol brasileiro veio dos pés de Fernandinho que entrou no segundo tempo no lugar de Paulinho. Dono de uma técnica fantástica, ele deu nova dinâmica à seleção, correndo muito, dominando o meio de campo e distribuindo melhor as jogadas. O conjunto fez a diferença e ao mesmo que neutralizou as jogadas de Camarões, atacou mais - e melhor.

A vitória brasileira deverá levar Luiz Felipe Scolari a pensar muito antes de escalar o time que vai enfrentar os chilenos em Belo Horizonte. Apesar de perder para a Holanda por 2 a 0, nesta segunda-feira, em jogo disputado na Arena Corinthians, a seleção do Chile merece respeito e cuidados. É forte e tem tradição de praticar um futebol duro, mas com arte.

Mudanças à Vista

Por causa de tudo isso, a seleção brasileira deve sofrer mudanças. A expectativa é de que Fernandinho entre jogando no lugar de Paulinho que ainda não se soltou nesta Copa do Mundo. Após o jogo, Felipão não quis saber de antecipar nada, mas admitiu que pensa 24 horas na melhor forma de organizar a equipe.

Para ele, cada jogo é um jogo e é necessário acompanhar o estilo de cada adversário para definir o time com segurança. Felipão deu a entender que o Chile joga de uma maneira muito diferente de Camarões, enquanto o México também atuou com outra estratégia contra a seleção brasileira. De qualquer maneira, mudanças só serão decididas após os próximos treinos.

Os torcedores que acompanharam o jogo desta segunda-feira nas arquibancadas do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, acham que as mudanças devem ocorrer somente no meio de campo. "Não temos nenhum jogador melhor do que o Fred lá na frente, ele é goleador nato e precisa ser mantido", comenta José Vicente Soares, comerciante em Taguatinga.

A comemoração pela vitória e o agradecimento dos jogadores no meio do campo, ao final da partida, contagiou os torcedores que repetiram em coro o que vinham cantando durante a partida: "O campeão voltou!, o campeão voltou!". O refrão, tirado dos corintianos quando o time voltou para a primeira divisão em São Paulo, parece ser o novo hino brasileiro.

Em entrevista à TV Globo, David Luiz disse que os jogadores sentem quando os torcedores se empolgam e agradecem pela energia extra que recebem. "É um momento mágico, nos dá força para correr atrás, jogar bem, fazer o nosso melhor". Neymar concorda: "Não tem coisa melhor para o jogador do que receber o carinho e o incentivo do torcedor".

Na sua terceira partida, a seleção do Brasil apresentou um bom futebol e contagiou os quase 70 mil torcedores que lotaram o Estádio Nacional de Brasília. No centésimo jogo do Brasil em Copa, o Mané Garrincha registrou o maior público de sua história, uase 70 mil pessoas, virou verde e amarelo de vez e recebeu com alegria os quatro gols em cima de Camarões.

As Boas Histórias

Mesmo sem ingresso para assistir à partida entre Brasil e Camarões vários torcedores foram nesta segunda (23) para a frente do Estádio Nacional de Brasília torcer pela seleção brasileira. O auxiliar de serviços gerais Carlos Alberto de Araújo, de 47 anos, saiu de Valparaíso de Goiás, a 38 quilômetros do centro da capital, com sua bicicleta estilizada, para desejar boa sorte ao time – metade do percurso ele fez pedalando. “Para a outra metade consegui carona, senão não chegaria a tempo do jogo.”

O vendedor ambulante Antônio Carlos Ferreira, de 42 anos, levou o bode Zico e, antes da partida começar, apostava em uma vitória brasileira por 3 a 0. “Não tinha dinheiro pra comprar ingresso, mas a vontade era de estar lá dentro do estádio”, confessou.

Vestidos de super-heróis, três amigos também queriam ver o jogo de perto. “Estamos felizes de estar aqui. Achávamos que não íamos sentir tanto por estar do lado de fora, mas agora que estamos aqui, estamos sentindo muito. De qualquer maneira estamos nos divertindo com o assédio das pessoas para tirar foto com a gente, é muito divertido”, admite o Cavaleiro do Zodíaco Júlio César Alves, de 26 anos.

O garçom conhecido como José Obama – famoso pela semelhança com o presidente norte-americano, Barack Obama – também fez sucesso na porta do Estádio Nacional de Brasília. “Adoro mostrar para os gringos que o brasileiro é simpático. Muita gente diz que eu deveria cobrar pra tirar foto, mas eu me recuso. Gosto de mostrar para as pessoas nossa alegria.”

Segundo a Polícia Militar e voluntários da Federação Internacional de Futebol (Fifa), a entrada no Estádio Nacional de Brasília foi organizada e tranquila.

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