BEIRUTE (AFP) - Nove soldados rebeldes morreram em uma emboscada das tropas sírias perto de Duma, na periferia de Damasco, informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Os desertores morreram quando realizavam uma retirada na localidade de Jisr al-Ab, perto de Duma, durante a noite, segundo o OSDH.
Combates explodiram no domingo entre o exército e os rebeldes perto de Duma, e foguetes lançados pelas tropas governamentais caíram sobre a cidade, situada a 13 km de Damasco, e em seus arredores.
Durante a noite, ocorriam violentos combates entre os soldados e os rebeldes na província de Damasco, segundo o OSDH.
Explosões de origem indeterminada foram ouvidas em Deir Ezzor (leste), disse o OSDH, cidade na qual um atentado suicida deixou no sábado nove mortos e uma centena de feridos.
OPOSIÇÃO DENUNCIA MORTE DE 34 EM ATAQUE DO REGIME
DAMASCO, Síria (AFP) - Ao menos 34 pessoas morreram em um bombardeio do regime sírio contra a localidade de Suran, na região de Hama, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que pediu uma inspeção imediata dos observadores internacionais no local do "massacre".
"Exigimos que os observadores internacionais se dirijam imediatamente a Suran e não esperem o dia seguinte para certificar outra violação do regime sírio", disse o presidente da OSDH, Rami Adbel Rahman, sobre os membros da missão da ONU encarregados de supervisionar o cessar-fogo.
"Os observadores deveriam se dirigir a esta localidade logo após as primeiras informações sobre o bombardeio. A vida dos sírios não se resume a números em um caderno sobre as violações", denunciou Rahman.
Segundo o OSDH, a repressão também matou neste domingo uma pessoa em Hasraya, também na província de Hama, e cinco nas regiões de Damasco, Alepo e Homs.
Os confrontos mataram ainda cinco soldados do regime em diferentes pontos do país.
O regime em Damasco denunciou neste domingo que a "oposição armada cometeu 3.500 violações desde a instauração do cessar-fogo", no dia 12 de abril passado.
Ao menos 260 observadores das Nações Unidas estão atualmente na Síria para supervisionar uma trégua que é violada com frequência.
A comunidade internacional, que se mostra incapaz de resolver uma crise que já dura 14 meses, pediu no sábado ao regime do presidente Bashar al Assad "e a todas as partes" a suspensão imediata da violência e a aplicação das disposições do plano do emissário internacional, Kofi Annan.