São Paulo (Agência Hoje) - Os novos secretários que trabalharão com Geraldo Alckmin no Governo de São Paulo nos próximos anos tomaram posse. Na primeira reunião, realizada nesta sexta-feira, 2, ficaram sabendo que precisarão economizar e cortar pelo menos 15% dos cargos comissionados e 10% dos gastos com custeio do Estado.
O governador Geraldo Alckmin nomeou 25 secretários, sendo que sete foram reconduzidos aos cargos. Todos eles tomaram posse na quinta-feira, 1º de janeiro e fizeram a primeira reunião nesta sexta, 2, estabelecendo como prioridades a austeridade e a redução das despesas com a máquina pública.
Durante o encontro, o governador anunciou o corte de 15% dos cargos comissionados, de 10% dos gastos com custeio do Estado e o contingenciamento de 10% do orçamento discricionário. Essas medidas representam aproximadamente R$ 6,6 bilhões das despesas previstas para o ano.
Os cortes dos cargos e do custeio valem para todas as secretarias. Já a suspensão do uso de parte do Orçamento tem relação com o desaquecimento da economia. De acordo com Alckmin, o Estado não pode contingenciar o dinheiro da dívida, de pessoal, transferência de recursos para municípios e para precatórios.
"É uma medida de natureza fiscal importante. Não sabemos ainda no começo do ano como é que vai se comportar a receita. À medida em que a economia for crescendo, vamos descongelar. A iniciativa é para não termos problemas no futuro," explicou.
De acordo com o governador, outras medidas de eficiência do gasto público serão tomadas. "É fazer mais, fazer melhor com menos dinheiro, esse é o objetivo," finalizou.
"A ideia é fazer com que São Paulo continue no ritmo que vem, de austeridade e, ao mesmo tempo, trazendo novas empresas e indústrias", destacou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio França.
O novo secretário-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, destacou que o Estado está seneado do ponto de vista fiscal. "Independente do momento difícil que teremos na economia, São Paulo vai conseguir ter uma base de financiamento público em infraestrutura, saúde, educação e segurança pública bastente significativa."
O secretário da Educação, Herman Voorwald, que segue na pasta, afirmou que sua prioridade é valorizar a carreira do magistério. "[Temos que] entender que educação se faz com pessoas."
Veja a lista completa dos secretários que trabalharão com Alckmin:
Administração Penitenciária: Lourival Gomes (reconduzido)
Agricultura e Abastecimento: Arnaldo Jardim
Casa Civil: Edson Aparecido
Casa Militar: Cel. PM. José Roberto Rodrigues de Oliveira (reconduzido)
Cultura: Marcelo Mattos Araújo (reconduzido)
Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação: Márcio França
Desenvolvimento Social: Floriano Pesaro
Direitos da Pessoa com Deficiência: Linamara Rizzo Batistella (reconduzida)
Educação: Herman Jacobus Cornelis Voorwald (reconduzido)
Emprego e Relações do Trabalho: João Dado
Energia: João Carlos Meirelles
Esporte, Lazer e Juventude: Jean Madeira
Fazenda: Renato Villela
Governo: Saulo de Castro Abreu Filho
Habitação: Nelson Luiz Baeta Neves Filho
Justiça e Defesa da Cidadania: Aloísio de Toledo César
Logística e Transportes: Duarte Nogueira
Meio Ambiente: Patricia Faga Iglecias Lemos
Planejamento e Desenvolvimento Regional: Marcos Monteiro
Procuradoria Geral do Estado: Elival da Silva Ramos (reconduzido)
Saneamento e Recursos Hídricos: Benedito Braga
Saúde: David Uip (reconduzido)
Segurança Pública: Alexandre de Moraes
Transportes Metropolitanos: Clodoaldo Pelissioni
Turismo: Roberto de Lucena