Obra literária "Alice no País das Maravilhas" completa 150 anos - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
27/07/2015 - 14h31m

Obra literária "Alice no País das Maravilhas" completa 150 anos

Agência Hoje  
Reprodução

São Paulo (Agência Hoje/Isabela Guiaro) - Publicada em julho de 1865, “Alice no País das Maravilhas” é uma obra literária escrita por Charles Lutwidge Dodgson, conhecido pelo pseudônimo de Lewis Carroll. Ela conta a história de Alice, uma garotinha que, ao seguir um coelho, acaba indo parar no louco País das Maravilhas.

Carroll pensou na obra a partir de um passeio no rio Tâmisa, em Londres, no ano de 1862, com seu amigo e suas três filhas. Alice é inspirada em uma das garotas, que tem o mesmo nome. O famoso buraco do coelho veio a partir das escadarias da Christ Church.

Dois anos depois, o manuscrito da até então chamada de “Alice Debaixo da Terra” foi rejeitado e, por influência de seus amigos e de seu mentor George MacDonald, o autor fez várias alterações no texto original, dando lugar à versão que conhecemos hoje.

Somente durante a vida do autor, foram vendidas mais de 180 mil cópias do livro em todo o mundo, chegando a ser lido por personalidades como o escritor Oscar Wilde e a rainha Vitória. "Alice no País das Maravilhas" foi traduzido para mais de 125 línguas, sendo que, na inglesa, já foram lançadas mais de 100 edições diferentes.

Enredo

Alice está com sua irmã, até que vê um coelho de colete e relógio de bolso correndo apressado. Ela resolve segui-lo e acaba caindo num poço profundo. Ao chegar no chão, percebe que está numa sala com uma porta, mas esta é muito pequena para ela. Percebe que tem uma garrafa escrita “beba-me” e, então, bebe o conteúdo, que a faz ficar pequena.

Ela, porém, havia esquecido a chave em cima da mesa e não conseguia alcançá-la. Descobre um bolo com o aviso “coma-me” e, então, o come. Por conta disso, ela não para de crescer, o que fez Alice chorar tanto que suas lágrimas formaram um rio. O Coelho, ao vê-la desde tamanho, derrubou seu leque no chão. Como a garota estava com calor, pegou-o e começou a se abanar e, com isso, ela ficou pequena novamente.

Ao longo da história, Alice se depara com diversas criaturas e situações estranhas, que só são possíveis no País das Maravilhas. Ela participa de uma corrida com os Dodôs, conversa com uma Lagarta azul que fuma narguilé e com o Gato de Cheshire, é convidada para tomar chá com o Chapeleiro Maluco, com a Lebre de Março e com o Arganaz e arruma confusão com a Rainha de Copas, que mandou cortarem a cabeça da pobre garota.

Adaptações cinematográficas

As primeiras aparições de Alice nas telonas surgiram logo no começo da história do cinema. Em 1903 (dirigido por Cecil Hepworth), 1910 (Edwin Stanton Porter) e 1915 (W. W. Young) foram lançadas ainda na época dos filmes mudos. Em 1933, Norman Z. McLeod dirigiu uma versão em preto e branco que ficou bastante conhecida.

Já em 1951, os estúdios da Walt Disney lançam a história em animação. O longa-metragem não atingiu o êxito esperado naquele período e, inclusive, recebeu várias críticas por haver algumas alterações no enredo principal. Com o passar do tempo, porém, ele acabou se tornando um clássico.

A empresa também produziu, em 2010, uma nova versão do filme, utilizando uma mistura de live action (com pessoas reais) e stop motion (técnica de modelagem), feita com a direção de Tim Burton e com atuações de Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Anne Hathaway. Este último longa ainda contou com um tema musical especial, chamado "Alice" e escrito e interpretado pela cantora Avril Lavigne.

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