ONG critica Tailândia por enviar presos para trabalhar com pesca - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
11/12/2014 - 10h14m

ONG critica Tailândia por enviar presos para trabalhar com pesca

Agência Lusa 
Reprodução
O pedido da ONG visa a mitigar o tráfico humano no setor pesqueiro da Tailândia
O pedido da ONG visa a mitigar o tráfico humano no setor pesqueiro da Tailândia

Bangcoc - A organização não governamental (ONG) Human Rights Watch pediu nesta quinta-feira (11) ao governo tailandês que cancele o plano que envia presos comuns para trabalhar em barcos de pesca.

O pedido da ONG visa a mitigar o tráfico humano no setor pesqueiro do país.

Cento e setenta e seis presos com condenações de um ano começam a trabalhar nas próximas semanas em navios na província de Samut Sakhon, sudoeste de Bangcoc, explicou o ministro do Trabalho, Surasak Kanchanrat, há uma semana.

Segundo os dados oficiais, até 2.830 presos poderiam optar por essa forma de cumprimento de parte da pena.

Vários ativistas e organizações de defesa dos direitos humanos acusam a indústria pesqueira tailandesa de abusos aos seus trabalhadores e de recorrerem às máfias de tráfico de pessoas para forçar os indivíduos a trabalhar.

“É uma perigosa irresponsabilidade da parte do Ministério do Trabalho conduzir os prisioneiros a trabalhar a bordo da abusiva frota pesqueira tailandesa. O ministério não sabe sequer inspecionar as embarcações e muito menos prevenir os abusos da parte da tripulação contra os presos”, disse, em comunicado, Brad Adamns, diretor da Human Rights Watch.

A dificuldade do trabalho e o baixo salário dos empregados tailandeses na indústria pesqueira fizeram com que o setor careça de mão de obra.

A Tailândia é o terceiro exportador mundial de marisco e um dos maiores abastecedores dos mercados europeu e norte-americano.

Milhares de imigrantes ilegais, a maioria oriunda de Mianmar e do Camboja, são empregados na Tailândia no processamento de pescado e marisco e em outros setores como a construção ou agricultura, onde ficam expostos a abusos e exploração.

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