ONU deve ter acesso as regiões mais críticas da Síria, diz secretário - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 26/04/2024
 
12/06/2012 - 08h00m

ONU deve ter acesso as regiões mais críticas da Síria, diz secretário

Agence France Presse 
©AFP / Sebastien Feval
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (foto arquivo)
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (foto arquivo)
  • Imagem divulgada na internet mostra ataque contra a cidade de Homs

NOVA YORK, EUA (AFP) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, exigiu nesta segunda-feira que os inspetores da ONU tenham acesso à Al-Heffa, cidade do noroeste da Síria bombardeada recentemente, e denunciou a "perigosa intensificação" do conflito sírio.

Ban manifestou sua grande preocupação com as "intensas operações militares" efetuadas pelas forças do regime sírio, que disparam de helicópteros e já causaram inúmeras vítimas civis.

Habitantes de Al-Heffa afirmaram que helicópteros do Exército bombardearam posições rebeldes na cidade, situada na região da fronteira com a Turquia.

Segundo ativistas, as forças do regime também estacionaram tanques nos arredores de Al-Heffa.

Ban reafirmou a exigência do enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, de que os observadores militares da Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNSMIS) tenham acesso à cidade.

"O secretário-geral destaca a importância de um acesso irrestrito da UNSMIS a Al-Heffa" e "expressa sua profunda preocupação com a intensificação da violência na Síria nos últimos dias e com o risco que enfrentam os civis nas zonas sob fogo".

BOMBARDEIOS MATAM 10 NA SÍRIA

BEIRUTE (AFP) - Pelo menos 10 pessoas morreram na manhã desta terça-feira em Al-Jbeibleh, província de Deir Ezzor, leste da Síria, onde as tropas do regime bombardeavam várias localidades e intensificavam o cerco a Haffeh, denunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Na província de Aleppo, norte, a cidade de Hreitane era alvo de um violento bombardeio, que destruiu muitas casas e provocou a fuga dos moradores.

Haffeh, na província de Latakia, bombardeada durante sete dias consecutivos, as tropas do regime reforçaram o cerco e cortaram as comunicações telefônicas.

"Os tanques estão nas entradas da cidade, abandonada pela maioria dos 30.000 habitantes", afirmou uma fonte da oposição, segundo a qual apenas rebeldes e alguns civis armados permanecem na localidade.

Na província de Idleb (noroeste) foram registrados combates entre soldados e rebeldes perto da cidade de Saraqeb.

Em Homs (centro), o Exército bombardeava o bairro de Jaldiyeh.

Segundo o OSDH, a violência provocou na segunda-feira 111 mortes, entre elas 79 civis.

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