Caracas - O Parlamento venezuelano, de maioria opositora, declarou nesta segunda-feira o presidente Nicolás Maduro em "abandono de cargo", ao responsabilizá-lo pela grave crise que o país atravessa, embora a Justiça tenha determinado que o Legislativo é incompetente para destituí-lo. As informações são da Agência France-Presse (AFP).
A Assembleia Nacional, controlada pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), votou esta iniciativa e pediu a realização de eleições, na véspera de Maduro cumprir seu quarto ano de mandato.
"Aprovado o acordo com o qual se qualifica o abandono do cargo a Nicolás Maduro e se exige uma saída eleitoral para a crise venezuelana para que seja o povo quem se expresse através do voto", anunciou o chefe do Legislativo, Julio Borges, ao ler o acordo na tribuna do plenário.
Segundo a extensa declaração, "Maduro provocou uma crise sem precedentes na Venezuela" e está "à margem da Constituição" por provocar "devastação econômica", "ruptura da ordem constitucional" e "violentar os direitos" dos venezuelanos.