Passo significativo foi dado para resolver impasse nuclear no Irã
Brasília - O Irã e a Organização das Nações Unidas deram um “passo significativo” para resolver as questões pendentes em relação ao programa nuclear da república iraniana, disse nesta terça-feira (7) porta-voz iraniano. Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (Iaea), da ONU, fizeram uma visita de 24 horas ao Irã na segunda-feira (6), que se seguiu a outra visita semelhante na semana passada, sem que qualquer resultado fosse conhecido.
Citado pela agência oficial Irna, o porta-voz da Organização da Energia Atômica do Irã, Behrouz Kamalvandi, disse que foram feitos progressos, mas não deu detalhes sobre as negociações mais recentes. “O Irã e a Iaea deram um passo significativo para resolver as questões pendentes e chegarem a um entendimento fundamental sobre os assuntos e o momento certo da cooperação”, afirmou.
Já as negociações entre o grupo dos 5+1 e o Irã sobre o programa nuclear continuavam, na segunda-feira (6), suspensas de questões decisivas, apesar da presença em Viena de todos os chefes da diplomacia envolvidos.
A Casa Branca admitiu que as negociações continuem depois de hoje, data limite que os negociadores tinham estabelecido, depois de terem ultrapassado o prazo anterior, fixado em 30 de junho. “Direi que é possível”, declarou Josh Earnest, porta-voz do presidente Barack Obama.
Dirigente iraniano também admitiu o prolongamento das negociações, mesmo para depois de 9 de julho, dia em que se previa que um acordo fosse apresentado ao congresso norte-americano. Depois de 9 de julho, o início da definição de um acordo vai exigir pelo menos dois meses.
Esta última rodada de discussões, que se previa que terminassem depois de dois anos de negociações, já acontece há dez dias na capital austríaca. E apesar da presença de todos os dirigentes das diplomacias do grupo 5+1 (China, EUA, Rússia, França e Reino Unido, mais a Alemanha) e do Irã, em Viena, não estava iminente qualquer avanço.
O cenário de um fracasso não pode ser excluído, afirmou um representante alemão.
*Com informações da Agência Lusa
