Pedágios mais caros a partir de domingo; aumento de 4,26% - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 29/03/2024
 
28/06/2012 - 19h15m

Pedágios mais caros a partir de domingo; aumento de 4,26%

Folhapress/André Monteiro e José Benedito da Silva 
Agência Hoje/Arquivo
Pedágios ficarão 4,98% mais caros a partir de domingo próximo
Pedágios ficarão 4,98% mais caros a partir de domingo próximo

SÃO PAULO, SP (Folhapress) - O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira os novos valores das tarifas de pedágio nas rodovias estaduais, que entram em vigor no próximo domingo.

A tarifa mais cara continua sendo a do sistema Anchieta-Imigrantes, que passará de R$ 20,10 para R$ 21,20.

Segundo a Artesp (agência do governo que fiscaliza as concessões), em 85% das praças do Estado o aumento será de até R$ 0,30.

O governo decidiu manter o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) para calcular o reajuste nas rodovias da primeira leva de concessões, de 1998. Nesse caso, o reajuste será de 4,26% --no ano passado foi de 9,77%.

Nos contratos mais novos, é usado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 4,98% --no ano passado foi de 6,66%.

O governo recuou sobre a decisão, anunciada no ano passado, de usar o IPCA como indexador do reajuste.

O IGP-M, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é mais influenciado pelo dólar no longo prazo. Por isso, desde 1998, ele tem ficado acima do IPCA, índice de inflação oficial calculado pelo IBGE. No período, o IGP-M subiu 228%, contra 138% do IPCA.

Este foi um dos motivos que levou a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) a definir o IPCA como indexador padrão dos reajustes. Logo que assumiu, após críticas sobre o preço dos pedágios na campanha eleitoral de 2010, o governador havia dito que iria rever os contratos para baratear os valores cobrados.

Segundo a Artesp, as negociações sobre a mudança foram concluídas com as concessionárias em dezembro. Mas o governo esperou o fechamento dos índices para decidir se usaria o IPCA já neste ano ou no ano que vem.

No fechamento, o IPCA ficou ligeiramente maior que o IGP-M, o que levou o governo a adiar a adoção do índice.

A diretora-geral da Artesp, Karla Bertocco Trindade, negou que a decisão tenha relação com o ano eleitoral.

Ela diz que a mudança de um índice para o outro teria pouco efeito. Nas rodovias da primeira leva, por exemplo, em 54% dos pedágios não haveria mudança no valor da tarifa e em 44% essa mudança seria de até R$ 0,10.

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