São Paulo (Agência Hoje*) - O número de pessoas com diabetes está aumentando em São Paulo, seguindo uma tendência do que ocorre em outras cidades do mundo, de acordo com levantamentos feitos pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Por ser uma doença considerada "silenciosa", sem causar dor, ela só é detectada quando já está em estágio avançado.
Para evitar que chegue a situações de risco, médicos e profissionais da área de saúde recomendam que as pessoas com histórico de diabetes na família façam exames regularmente. Também as pessoas que passam a ter comportamentos diferentes, com sede ou fome em excesso, por exemplo, devem procurar ajuda
No mundo, o diabetes é uma epidemia já afeta mais de 200 milhões de pessoas. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões. A doença apresenta altos índices de novos casos e mortalidade, além de ter significativo custo social e financeiro para a sociedade e os sistemas de saúde.
O diabetes mellitus é uma doença de causa múltipla, que ocorre quando o organismo deixa de produzir insulina ou quando a substância deixa de atuar de forma eficaz. Como consequência, há o aumento da taxa de glicose no sangue (hiperglicemia). A insulina, produzida pelo pâncreas, é essencial para que o corpo funcione bem e utilize a glicose (açúcar) como principal fonte de energia.
Manter uma alimentação saudável, peso em níveis normais e praticar atividade física regularmente são hábitos que ajudam a prevenir a doença. Conheça os tipos mais frequentes de diabetes:
Tipo1 - diabetes mellitus insulinodependente
Geralmente ocorre em crianças, jovens e adultos jovens, que utilizam insulina injetável para o seu controle.
Tipo 2 - diabetes mellitus não insulinodependente
É o tipo mais frequente de diabetes, aparece geralmente após os 40 anos de idade.
Diabetes gestacional
Surge na gravidez, sobretudo em mulheres que têm mais de 30 anos, em geral nas seguintes situações:
• que tiveram parentes próximos com diabetes;
• que já tiveram filhos pesando mais de 4 Kg ao nascer;
• que já tiveram abortos ou filhos natimortos;
• que são obesas ou aumentaram muito de peso durante a gestação.
Principais sintomas
Diabetes tipo 1 e tipo 2 descontrolado: fome excessiva
Diabetes tipo 1 e tipo 2 descontrolado: perda de peso
Diabetes tipo 2: ganho de peso, grande volume de urina, urina doce, desânimo, fraqueza, cansaço físico
Estes sintomas são os mais frequentes e não aparecem isolados. No diabetes tipo 1, surgem de maneira rápida e, no diabetes tipo 2, eles podem estar ausentes ou aparecem de forma lenta e gradual junto a outros sintomas, como:
• sede excessiva
• lesões de difícil cicatrização (principalmente nas pernas ou nos pés)
• infecções frequentes (pele, urina e dos órgãos genitais)
• alterações visuais
Fatores de risco
O diabetes pode comprometer a saúde sem que surjam sintomas. Pessoas com histórico familiar ou propensas a desenvolver a doença devem ficar atentas e fazer exames regularmente. São fatores de risco:
• Ter parentes (pais, irmãos, tios etc.) com diabetes;
• Excesso de peso (especialmente do tipo abdominal);
• Vida sedentária (não faz atividade física);
• Ter mais de 40 anos e fazer tratamento para pressão alta, ter colesterol e triglicerídeos elevados, usar medicamentos diabetogênicos (corticóides, anticoncepcionais etc.), ter dado à luz filhos com mais de 4 kg ou sofrido abortos e/ou natimortos.