Petrobras terá nova diretoria para melhorar governança e combater corrupção interna - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
17/11/2014 - 14h24m

Petrobras terá nova diretoria para melhorar governança e combater corrupção interna

Agência Hoje 
Agência Brasil/Arquivo
Graça Foster anuncia criação de nova diretoria na Petrobras para melhorar gestão e controle
Graça Foster anuncia criação de nova diretoria na Petrobras para melhorar gestão e controle

Rio de Janeiro (Agência Hoje) - A presidente da Petrobras, Graça Foster, confirmou nesta segunda-feira (18) a contratação de dois escritórios de advocacia independentes, especializados em investigação, para apurar os atos de corrupção e de fraude ocorridos na empresa, responsáveis por desvios que podem ultrapassar R$ 10 bilhões.

Os escritórios que farão investigações internas na Petrobras são o TRW (Trench, Rossi e Watanabe Advogados), contratado por R$ 6 milhões; e o Gibson, Dunn & Crutcher LLP, que receberá U$ 5 milhões. O contrato tem validade de um ano.

Para combater a corrupção interna e melhorar a gestão da companhia, Graça Foster anunciou a criação da Diretoria de Governança. Estas são as duas primeiras das 66 medidas listadas pela estatal, que tem dois ex-diretores presos pela Polícia Federal, em cumprimento a decisão da Justiça. Vários outros casos continuam sendo investigados pela Operação Lava Jato.

“Propusemos ao Conselho de Administração (Consad), da Petrobras, que criássemos uma diretoria de governança”, disse. Foster acrescentou que teve o apoio unânime do conselho. Na avaliação de Graça, a criação da nova diretoria é a mais importante das 66 medidas de adotadas.

A presidente da Petrobras disse que estuda medidas jurídicas para o ressarcimento de “recursos desviados, eventuais sobrepreços e para o ressarcimento dos danos à imagem da companhia”. Segundo as investigações da Polícia Federal indicam que recursos a título de propina foram pagos a diretores e políticos por empreiteiras, em troca de contratos com a petrolífera.

“Onde houver prejuízo vamos buscar [ressarcimento desses prejuizos], para que haja reforço no caixa da companhia”, frisou a executiva. “Temos sido bastante cobrados, para buscar receber de volta aquilo que pagamos além do normal, do previsto e do razoável”, frisou Graça Foster.

Por causa das denúncias, a estatal não pode divulgar o balanço contábil, previsto para a última sexta-feira (14). Nesta segunda-feira, a empresa revelou os dados de produção.

Auditorias externas foram contratadas para investigar o impacto de eventuais ilícitos citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento na Justiça. A companhia informou que vai requerer o acesso às declarações.

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