Polícia Civil prende caseiro que matou patroa em Peruíbe; pena deve ultrapassar os 30 anos - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 23/04/2024
 
23/10/2013 - 10h56m

Polícia Civil prende caseiro que matou patroa em Peruíbe; pena deve ultrapassar os 30 anos

Agência Hoje* 

São Paulo (Agência Hoje*) - Agentes da Polícia Civil prenderam no Rio de Janeiro, o caseiro de 39 anos acusado de matar a empresária dona da casa onde ele trabalhava, em Peruíbe, cidade de 60 mil habitantes, no litoral sul, a 140 quilômetros de São Paulo. Localizado na moradia de parentes, ele foi detido um dia após o crime, confessou e deu detalhes de como agiu. Agora, poderá ser condenado até a 37 anos de prisão.

Segundo a Polícia, o caseiro, nascido em Pernambuco, contou que cometeu o delito porque a vítima o chamou de “nordestino” usando um tom preconceituoso, fato que o deixou ofendido. A investigação, entretanto, apontou que M.F.D.S. e a vítima discutiram por um possível envolvimento do acusado com o tráfico de drogas. Ela suspeitou que ele estaria alugando seu imóvel para criminosos.

Com uma escultura de madeira maciça, conhecida como carranca, o caseiro agrediu a empresária na parte de trás da cabeça, o que causou uma hemorragia. R.R., de 56 anos, morreu na hora. O delegado Aldo Galiano Junior, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 6 (Deinter - 6), disse que ele amarrou o corpo em sacos plásticos e o envolveu em panos que estavam no varal. Em seguida, o acusado lavou o local do crime com água sanitária, sabão e água.

Corpo Encontrado

Cerca de vinte minutos após o crime, o caseiro colocou R.R. dentro do Fiat Doblô verde, da própria vítima, e abandonou o corpo numa área de vegetação próxima à praia do Caramborê. Cortadores de palmito, que trabalham na região da beira da estrada, encontraram o cadáver por volta das 11 horas de terça-feira (15) e chamaram a Polícia Militar.

Um boletim de ocorrência de desaparecimento da mulher havia sido registrado no dia anterior por seu marido e pelo próprio acusado. Os PMs notaram que as características do corpo eram semelhantes às da empresária. “O indiciado foi até a delegacia registrar o caso do sumiço da mulher que havia matado, junto com o marido da vítima, que é um comerciante de 76 anos”, contou o delegado Galiano. O esposo foi ao local e reconheceu o corpo.

A necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) mostrou que a causa da morte foi hemorragia – decorrente da agressão.

Ao mesmo tempo em que uma equipe da 3ª Companhia do 29º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) encontrava o cadáver, o Corpo de Bombeiros apagava o fogo ateado em um carro. O veículo era o Fiat Doblô da microempresária. O suspeito havia deixado o carro na Rua Oito, no bairro de Santa Cruz, em chamas. Dentro dele, peritos do Instituto de Criminalística (IC) encontraram um cobertor azul com manchas de sangue.

Na madrugada de terça para quarta-feira (16), mais de 24 horas depois do homicídio, M.F.D.S. decidiu se esconder na casa de parentes. Foi até a rodoviária e embarcou para o Rio de Janeiro, com sua esposa e filha. O homem só resolveu se entregar à polícia quando soube que era apontado como o principal suspeito do crime. Uma equipe da Polícia Civil foi à cidade carioca, prendeu o acusado e o levou a um Centro de Detenção Provisória (CDP) paulista.

O caseiro responderá por homicídio qualificado e se for condenado poderá cumprir pena que vai de 12 a 30 anos, mais pena de ocultação de cadáver, de 1 a 3 anos, e fraude processual – modificação de local de crime, de seis meses a quatro anos e multa. As investigações prosseguem.

* Com informações de Rafael Iglesias

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