Polícia suspeita que três moradores de rua podem ter morrido de frio em São Paulo - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
26/07/2013 - 12h30m

Polícia suspeita que três moradores de rua podem ter morrido de frio em São Paulo

Agência Brasil/Fernanda Cruz 

São Paulo – Três homens morreram desde quarta-feira (24) na capital paulista, possivelmente por causa da queda de temperatura registrada esta semana. Os casos foram registrados como mortes suspeitas pela polícia, mas estão sendo apurados pelo Instituto Médico-Legal (IML) como provável hipotermia.

Os corpos de dois homens em situação de rua foram encontrados no início da manhã de ontem (25). Luiz Carlos Palegio Correia, de 58 anos, foi recolhido às 7h15 em uma calçada da rua Francisco José Viana, no distrito de Cidade Tiradentes, zonal leste. O filho do homem informou que ele era alcoólatra e morava nas ruas há muito tempo. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP).

Na Rua São Paulo, bairro da Liberdade, o corpo de um homem de 50 anos foi recolhido às 8h20. O homem estava em uma calçada e não apresentava sinais de violência. O caso foi registrado no 56º DP.

Na manhã de quarta-feira, a madrugada foi a mais fria do ano na cidade – chegou a 4 graus Celsius (4ºC), segundo o Centro Gerenciamento de Emergências (CGE) –, um corpo foi encontrado na região central da capital. O morador de rua, de 35 anos, foi recolhido por policiais militares, na rampa de acesso ao Terminal Parque Dom Pedro II. Ele estava enrolado em um cobertor e não havia marcas de violência pelo seu corpo. O caso foi registrado no 1º DP.

Para os próximos dias, a previsão é que o frio diminua. Segundo o CGE, no sábado (27) o sol aparece e os termômetros vão ficar em torno dos 9ºC, com máxima de 18ºC. Não há previsão de chuvas. O domingo (29) será ensolarado, com máxima de 20ºC. Haverá no domingo grande probabilidade de formação de nevoeiros isolados ao amanhecer, o que deve prejudicar a visibilidade em aeroportos e rodovias.

RIO GRANDE DO SUL CONFIRMA DUAS MORTES CAUSADAS PELO FRIO

Brasília (Agência Brasil) – Pelo menos duas pessoas morreram, no Rio Grande do Sul, em consequência do frio intenso que atinge a região, desde o começo da semana. Uma terceira morte ainda está sendo avaliada por especialistas, mas há suspeitas que também tenha sido causada por hipotermia (quando há redução drástica da temperatura corporal). Na tentativa de evitar mais vítimas, o governo do estado quer ampliar as vagas em abrigos comunitários destinados às pessoas carentes.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que as temperaturas mais baixas do ano foram registradas na madrugada e manhã de hoje (25). A temperatura ficou em torno de 1,4 grau Celsius (°C) e com previsão de geadas em quase todas as cidades gaúchas.

As mortes ocorreram nos últimos quatro dias. Um homem, de 53 anos, morreu há dois dias, no município de Sinibu, e uma pessoa cuja identidade não foi divulgada morreu, no município de Panambi, no último domingo (21), ambos por hipotermia.

O major Ben Hur Pereira da Silva, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, disse à Agência Brasil que há uma preocupação das autoridades com a situação das populações carentes. Segundo ele, a ideia é ampliar o número de vagas nos abrigos e albergues da prefeitura no esforço de impedir que as pessoas passem frio e sofram em decorrência das baixas temperaturas.

No entanto, o militar ressaltou que há dificuldades em convencer as pessoas, que vivem em lugares inadequados ou nas ruas, de irem para os abrigos e albergues. “No abrigo ou albergue, há um regulamento que tem de ser respeitado. Nem todos se adaptam às normas. Há um horário para comer, para tomar banho e não pode mais sair a partir de determinado momento”, ressaltou Ben Hur.

O militar alertou ainda sobre os problemas causados, na agricultura, pois a formação de geada pode afetar as plantações e também os rebanhos. Por enquanto, o estado é apenas de atenção e, não de alerta.

Os centros de operação da Defesa Civil estão monitorando os gráficos de condições de tempo recebidos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e mantêm informadas as 11 regionais nas principais cidades do estado. As prefeituras e coordenadorias municipais também estão sendo atualizadas das informações.

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