Policiais ocupam favela para combater uso de crack no Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO, RJ (Folhapress) - Cerca de 150 homens da Força Nacional de Segurança Pública ocuparão a partir das 11h de hoje o morro Santo Amaro, no Catete, zona sul do Rio, na primeira operação do governo federal para combater o consumo de crack no país. A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, acompanha os trabalhos de ocupação da favela.
Às 5h, policiais civis e militares entraram no morro, onde há uma das 11 cracolândias identificadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio. Segundo o Ministério da Justiça, a Força Nacional de Segurança ficará por tempo indeterminado na comunidade.
Ao menos 200 assistentes sociais, psicólogos e educadores prestarão atendimento em postos a serem instalados na favela. Eles oferecerão aos moradores serviços como encaminhamento para tratamento e acompanhamento de dependentes químicos, cadastramento para programas e projetos sociais.
A escolha do local para sediar o projeto piloto de combate ao crack foi feita com base em dados de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança.
Pioneiro no país, elaborado pelo Ministério da Justiça, pelas secretarias Nacional de Políticas sobre Drogas, de Segurança Pública, pelo governo estadual e pela prefeitura, o projeto prevê uma série de iniciativas para combater o crack e, principalmente, recuperar os dependentes para que possam ser reinseridos na sociedade.
Também participam da ocupação: o 2º Batalhão da Polícia Militar de Botafogo e as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente, de Combate às Drogas, da Criança e Adolescente Vítima, além da 9ª DP (Catete).
