São Paulo (Agência Hoje) - A greve de motoristas e cobradores que prejudicaram o transporte de 240 mil pessoas nesta quarta-feira, 4, levou o prefeito Fernando Haddad a mandar acelerar os estudos para criação de uma empresa municipal de ônibus que teria condições de funcionar a qualquer momento, em situações de emergência.
O objetivo é viabilizar o funcionamento da nova empresa já no início de 2014, seguindo o mesmo formato da Operação Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transprte em Situação de Emergência), só que aperfeiçoada. A meta principal é impedir que a população seja prejudicada em caso de má prestação do serviço e a cidade viva momentos de tumulto.
Haddad comentou que o plano para a implementação da empresa já está em andamento. “É um estudo que eu já encomendei (ao Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes). Não uma companhia que absorvesse todo o sistema, como foi a antiga CMTC, mas uma companhia que, eventualmente, em casos como esse, teria condição de operar o sistema sem prejuízos para a população”.
Segundo o prefeito, a medida poderia ser tomada já no próximo ano. Sobre a viabilidade financeira do projeto, Fernando Haddad disse que o caso está em processo de avaliação. “Já tivemos reunião com o BNDES para saber da viabilidade técnica. A ideia não é voltar para o velho padrão da CMTC, mas você ter uma retaguarda para não ficar refém de empresas como essas”.
Haddad comentou também as ações já previstas para a melhoria do transporte público municipal. “A minha determinação para a SPTrans é soltar o edital da auditoria internacional neste mês e, até julho do ano que vem, nós vamos ter toda a transparência do sistema, das planilhas. O Conselho Municipal de Transporte e Trânsito vai estar de posse de todo o material. A CPI também terá concluído o seu trabalho. Ou seja, nós vamos procurar tomar a melhor decisão para a cidade”.