Prefeitura retira 186 moradores de rua que vivem no Parque Dom Pedro
São Paulo (Agência Hoje) - Equipes do Programa “Autonomia em Foco”, da Prefeitura de São Paulo, iniciaram nesta quinta-feira, 11, a retirada pacífica de 186 pessoas que estavam vivendo como moradores de rua na área do Parque Dom Pedro II, no centro. Todos serão encaminhados para dois hotéis das proximidades.
A saída foi acertada previamente com os moradores e tem o objetivo de iniciar um processo de reinserção social, facilitado pela situação das pessoas, a maioria com emprego firme e estão próximas da autonomia plena. A desmontagem das barracas marcará o fim das 17 ocupações de parques e praças na cidade.
Agora, as 186 pessoas serão encaminhadas para dois hotéis recém-reformados, um no Pari e outro no Glicério, que funcionarão como um novo tipo de abrigo, gerido por uma entidade conveniada, mas com mais autonomia dos moradores. O grupo será responsável pela própria alimentação e pela limpeza de seus quartos.
As crianças e adolescentes terão garantidas vagas em creches, escolas e no Centro de Convivência da Criança e do Adolescente no contraturno escolar. Os beneficiados poderão fazer cursos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) e terão ajuda no encaminhamento profissional para o mercado de trabalho.
A iniciativa surgiu após agentes da Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos verificarem que o espaço era ocupado prioritariamente por famílias com problemas habitacionais, com pouca ou nenhuma dependência química.
Para o hotel no Pari (Rua Edu Chaves, 164) serão encaminhadas 119 pessoas, sendo 36 famílias com 88 adultos e 31 crianças e adolescentes, além de 19 solteiros. Para o Glicério (Rua dos Estudantes, 505) irão 67 pessoas, sendo 40 famílias com 57 adultos, seis crianças, dois adolescentes e dois recém-nascidos.
A ação iniciada nesta quinta-feira, 11, contará com o encaminhamento dos beneficiados aos hotéis, para onde poderão levar seus pertences pessoais. Móveis e objetos deixados para trás poderão ser retirados posteriormente de um depósito da Subprefeitura Sé.
O desmonte das barracas será feito após a saída dos grupos de pessoas, numa operação que envolve, além da Smads, a Secretaria de Direitos Humanos, a Subprefeitura Sé, CET, Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar, Defesa Civil e Secretaria de Serviços. Depois da desocupação, o alambrado do local será removido e o parque será devolvido para uso da sociedade, com ronda da GCM para evitar novas ocupações.
O novo acolhimento atenderá ainda 14 pessoas que participavam do programa “De Braços Abertos” que, em razão da evolução do tratamento, já estão empregadas.
