Presidente da Petrobras diz que vai vender ativos para não pedir dinheiro ao Governo - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 24/04/2024
 
01/06/2016 - 13h53m

Presidente da Petrobras diz que vai vender ativos para não pedir dinheiro ao Governo

Agência Brasil/Kelly Oliveira* 
Agência Brasil/Tânia Rêgo
Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,246 bilhão no primeiro trimestre de 2016
Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,246 bilhão no primeiro trimestre de 2016

Brasília - O presidente da Petrobras, Pedro Parente, empossado nesta quarta-feira (1º) no cargo, disse que a companhia vai vender ativos para evitar repasses do Tesouro Nacional.

A Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,246 bilhão no primeiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano anterior. O endividamento bruto em reais da empresa é de R$ 450 bilhões.

Parente disse que recentemente a emissão de títulos da Petrobras teve demanda muito acima da oferta. “Vocês conhecem a situação do Tesouro Nacional. Existe um déficit [previsto para as contas públicas] da ordem de R$ 170 bilhões. Como é que a empresa poderia pensar em contar com o Tesouro em uma situação como essa?”, questionou.

“Portanto, temos que ter realismo. Resolver essa situação passa sim pela venda de ativos”, enfatizou.

Parente disse ainda que a Petrobras vai contribuir para reverter o atual cenário “difícil” com queda da economia. “É um cenário difícil com o PIB [Produto Interno Bruto] negativo, mas é exatamente a força da empresa e o fato de que ela foi e vai voltar a ser o motor do nosso desenvolvimento, que vamos trabalhar e vamos contribuir para reverter esse PIB negativo”, disse.

Preço de combustíveis

O novo presidente da Petrobras enfatizou que a decisão sobre preços de combustíveis será “profissional”. “A decisão de preço é de natureza empresarial. O governo não vai interferir na gestão profissional que ele quer que a Petrobras tenha. Essa foi a orientação do senhor presidente da República quando ele me convidou [para o cargo de presidente da Petrobras]”. Parente enfatizou que a influência política na Petrobras “já acabou”.

* Colaboraram Andreia Verdélio e Yara Aquino

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