Professores do Rio em assembleia decidem continuar com a greve - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
15/05/2014 - 16h48m

Professores do Rio em assembleia decidem continuar com a greve

Agência Brasil/Isabela Vieira 
Agência Brasil/Tomaz Silva
Por unanimidade, professores votam pela continuidade da greve por melhores salários no Rio
Por unanimidade, professores votam pela continuidade da greve por melhores salários no Rio

Rio de Janeiro - Cerca de 3 mil professores aprovaram nesta quinta-feira (15), por unimidade, a continuidade da greve no estado e no muncípio do Rio de Janeiro. A paralisação começou na última segunda-feira (12), em protesto por reajuste salarial de 20%, redução da jornada semanal de trabalho dos funcionários administrativos para 30 horas e reserva de um terço da carga horária para preparar aula.

Os profissionais estão reunidos no Clube Militar, na Tijuca, onde escolhem, neste momento, uma comissão para negociar com o Poder Público. "Ainda não fomos recebidos pelos governos. Queremos negociar", disse Marta Moraes, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ).

A expectativa é que os professores participem ainda na tarde de hoje, de uma manifestação na Central do Brasil e na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Lá estarão grupos que protestam contra gastos públicos e violação de direitos humanos para a relização da Copa do Mundo no Brasil.

De acordo com os professores, cerca de 27 mil (30% do total) estão parados em todo o estado. O número é cem vezes maior do que o confirmado pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, que até ontem (15) informava que apenas 0,3% da categoria ou 269 profissionais estão em greve.

Ontem (14), as secretarias municipais e estaduais anunciaram corte de ponto dos grevistas, depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux ter suspendido, na terça-feira, o acordo que encerrou a greve da categoria em 2013. A decisão foi tomada depois de reunião com a prefeitura e o governo do estado.

A categoria alega que foi convidada de última hora para a reunião em Brasília e, portanto, não teve como consultar os colegas para se posicionar sobre o econtro com o ministro. "Fomos notificados na véspera e a reunião foi às 10h", disse a diretora do Sepe, Wiria Alcântara. "Além disso, a audiência em Brasília só faria sentido se houvesse esgotado a etapa de negociação, que sequer tivemos", completou.

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