Profissionais cubanos são homenageados na despedida do programa Mais Médicos - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
09/11/2016 - 09h55m

Profissionais cubanos são homenageados na despedida do programa Mais Médicos

Agência Brasil/Léo Rodrigues 

Belo Horizonte - O Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMS-BH) homenageou os 26 médicos cubanos que trabalharam na capital mineira nos últimos três anos no Programa Mais Médicos. Em cerimônia no Espaço Cultural Casa do Jornalista, na capital mineira, os profissionais receberam um certificado e puderam se reunir com pacientes e colegas de trabalho. Eles estão encerrando suas atividades e retornam à Cuba esta semana.

Os médicos cubanos atuaram em sete das nove regionais de Belo Horizontes. Eles foram distribuídos em 22 unidades de saúde. A homenagem foi feita em parceria com a Secretária Municipal de Saúde. "É muito especial. Nós não fazemos o trabalho com a expectativa de ganhar homenagem. Fazemos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e a saúde. Então quando você recebe um certificado desse, é sinal de que o trabalho foi bom, que nós conseguimos fazer alguma coisa", diz a cubana Anilec Oliva Gutierrez, de 38 anos.

Durante os três anos em que esteve em Belo Horizonte, Anilec conseguiu visitar Cuba algumas vezes, mas a saudade persiste e ela está ansiosa para retornar à Cienfuegos, sua cidade natal. Por enquanto, a médica só pensa em voltar para casa, para seu antigo posto de trabalho e curtir sua família, mas não descarta aceitar um novo desafio no futuro ou mesmo voltar ao Brasil.

Em Belo Horizonte, a cubana atuou no Centro de Saúde Cícero Idelfonso, no bairro Vista Alegre, na região oeste. Ela lembra dos primeiros dias. "Eu falava pouco português, outras pessoas não falavam nada, mas os colegas brasileiros se esforçavam muito para nos ajudar. Então começamos a fazer o que a gente sabe, o que nós aprendemos. E nós vimos o resultado na melhora dos nossos pacientes, nos indicadores do município e hoje tem muita gente que pede para gente não ir embora. Os pacientes têm muita gratidão", diz.

O presidente do CMS-BH, Bruno Pedralva, diz que os cubanos fizeram um trabalho silencioso que deu resultados. "Eles trazem a solidariedade como princípio e entendem a saúde como um direito das pessoas. Recebemos cotidianamente elogios de pessoas maravilhadas com o carinho que eles demonstram e com a dedicação ao trabalho. Eles cumprem rigorosamente seus horários. Frequentemente trabalham até mais".

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