Projeto inédito quer implantar parques em áreas degradadas - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 23/04/2024
 
22/02/2014 - 06h54m

Projeto inédito quer implantar parques em áreas degradadas

Agência Hoje 

Sorocaba (Agência Hoje) - A recuperação de áreas degradadas e o aumento das áreas preservadas são os principais objetivos do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Sorocaba, o primeiro projeto do gênero no Estado de São Paulo. Lançado na sexta-feira, 21 de fevereiro, ele tem nasce com o apoio da população e entidades do setor.

O diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, esteve presente na solenidade realizada no Palácio dos Tropeiros, sede da Prefeitura de Sorocaba, e apoiou a iniciativa. "O importante não é somente Sorocaba ser o primeiro município paulista a ter o Plano da Mata Atlântica, mas o fato de se tornar referência a outras cidades", disse ele.

O prefeito Antonio Carlos Pannunzio prometeu trabalhar pela preservação ambiental. "Estamos assinalando um momento importante para Sorocaba com o lançamento desse plano. E não estamos sendo modestos, nossos objetivos são ousados: hoje temos aproximadamente 2% de áreas preservadas na cidade, a nossa meta será de dobrar esse número até o final do meu Governo, atingindo 4%".

Elaborado pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com universidades da cidade, o objetivo do Plano Municipal da Mata Atlântica é de proteger os fragmentos ainda existentes em Sorocaba, restaurar as áreas que hoje se encontram degradadas e recuperar as áreas importantes de serem vegetadas. O instrumento atende à Lei nº 11.428 de 22/12/2006 (Lei da Mata Atlântica).

A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais rico em diversidade de espécies, mas também o mais ameaçado. Sorocaba se localiza dentro desse bioma e apesar de toda a degradação, o município ainda conserva importantes fragmentos de vegetação que devem ser preservados e protegidos.

"Sorocaba conta agora com um instrumento importante de gestão ambiental e estratégias de conservação e recuperação da Mata Atlântica na cidade", destacou a secretária do Meio Ambiente, Jussara de Lima Carvalho.

"Além disso, com o mapeamento dos fragmentos mais significativos do município, quando possível, vamos poder fazer a conexão entre eles e assim criar corredores biológicos, o que irá permitir uma maior estabilidade das áreas verdes do nosso município", completa a secretária.

Entre os itens, o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica contém o diagnóstico da situação atual do bioma em Sorocaba; a legislação municipal; os programas ambientais em andamento; a situação da vegetação, bacia hidrográfica, Áreas de Proteção Permanente (APP), Reservas Legais; as Unidades de Conservação existentes e as demais áreas verdes urbanas, e quais as áreas de risco existentes.

O documento também contém a situação da cobertura vegetal do Município e a sua distribuição, forma e composição e como isto reflete na sua estabilidade; as áreas que devem ser conservadas e restauradas e qual o grau de prioridade; quais as ações que serão realizadas e o planejamento que será adotado; e também prevê o monitoramento das atividades desenvolvidas, com metas e avaliação dos resultados obtidos.

Plano Municipal

Com 449,12 Km² de área territorial, sendo 367,8 km² de área urbana, Sorocaba possui atualmente 2.537 fragmentos de vegetação natural, que ocupam uma área que corresponde a 16,68% do território municipal. Desses fragmentos, 62% são menores que 1 hectare.

Entre as propostas estabelecidas no plano estão a criação de novas unidades de conservação de Sorocaba, como o Parque Natural Municipal Casarão de Brigadeiro Tobias, Estação Ecológica Serra de São Francisco (Inhayba), RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) de Aparecidinha, Parque Natural do Cerrado (Zona Industrial) e a criação de outras RPPNs.

Além disso, a Prefeitura de Sorocaba tem como meta plantar 1 milhão de mudas de árvores até 2016, sendo que até este momento já foram plantados 600 mil exemplares; ampliar os parques já existentes e estimular a criação de RPPNs.

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