Promotoria denuncia 12 pessoas por morte de adolescente no Hopi Hari - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
09/05/2012 - 16h00m

Promotoria denuncia 12 pessoas por morte de adolescente no Hopi Hari

Folhapress 

SÃO PAULO, SP (Folhapress) - O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra 12 pessoas que teriam contribuído para a morte da adolescente Gabriella Yukari Nichimura, 14, que caiu de um brinquedo do parque Hopi Hari em fevereiro.

As pessoas citadas foram denunciados por homicídio culposo (sem intensão) e o Ministério Público pediu o aumento da pena em um terço "pela não observância de regra técnica exigida pela profissão". Caberá à Justiça decidir se a denúncia será acatada e se as pessoas citadas vão responder pelo crime.

Entre os denunciados estão o presidente do parque, Armando Pereira Filho, e o gerente geral de Manutenção e Projetos, Stefan Fridolin Banholzer.

Já o vice-presidente, Cláudio Guimarães, que tinha sido citado no inquérito policial, não foi denunciado porque o promotor Rogério Sanches Cunha entendeu que ele apenas exercia funções comerciais. O técnico em eletricidade Rodolfo Rocha de Aguiar Santos também não foi denunciado porque não teria contribuído para o acidente.

Apesar disso, foram acrescentados mais três nomes à lista de indiciados pela polícia: dois gerentes do parque, Fábio Ferreira da Silva e Flávio da Silva Pereira, e uma operadora da cabine de comando do brinquedo que apresentou defeito, Amanda Cristina Amador.

De acordo com a denúncia, houve falhas na implantação do brinquedo e também na operação, descartando qualquer falha mecânica.

ACIDENTE

Nichimura morreu em 24 de fevereiro depois de cair de uma altura de 25 metros do chão no brinquedo La Tour Eiffel, um elevador que despenca em simulação de queda livre. Ela sentou em uma cadeira que deveria estar inoperante e não tinha o sistema de trava acionado.

O parque chegou a ficar fechado por quase 20 dias depois do acidente, mas voltou a operar em 25 de março.

Durante esse período, uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público Estadual realizou vistoria de segurança nos 14 brinquedos considerados mais radicais e também firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Hopi Hari, exigindo melhorias como tradução de manuais e avisos de segurança para o português, além de checagem dupla nas travas de montanhas-russas.

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