Promotoria vai apurar falta de condições de trabalho no Samu - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 01/05/2024
 
22/05/2012 - 20h22m

Promotoria vai apurar falta de condições de trabalho no Samu

Folhapress/Wolfgang Pistori 

RIBEIRÃO PRETO, SP (Folhapress) - O Ministério Público vai investigar denúncias de funcionários do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) sobre falta de condições de trabalho na unidade de Américo Brasiliense (280 km de São Paulo).

São 12 funcionários na unidade, que custou R$ 97 mil aos cofres públicos e foi inaugurada há pouco mais de um ano.

O motorista Willian Bonifácio é um dos denunciantes e afirma que cada servidor tem apenas um uniforme. "A gente mexe com sangue e tem que limpar [o uniforme] com sabão à noite em casa para usar a roupa no outro dia. Acho pouco provável que esse seja o procedimento correto", disse.

No site da Prefeitura de Américo Brasiliense há um edital para compra de 48 uniformes completos da empresa Uniforme Campinas Ltda. O processo é do início deste ano -tudo saiu por pouco mais de R$ 21 mil, segundo o documento.

A empresa, porém, diz que faltava a informação da numeração dos uniformes, que foi passada por e-mail na tarde de ontem. "Esperamos entregar o produto em até 15 dias", afirma o dono da Uniforme Campinas, Omero Antonelli Júnior.

O Samu de Américo atende, em média, 120 ocorrências por mês e o prédio onde a ambulância fica à espera dos chamados não está acabado.

Segundo Bonifácio, o veículo precisa ficar ao sol, pois a garagem foi feita baixa demais para a parte onde está a antena de comunicação da ambulância.

Por causa disso, diz Bonifácio, a lavagem do carro é feita na rua, onde crianças jogam bola e brincam, segundo ele, expostas a possível contaminação hospitalar.

O diretor do Sindicato dos Servidores de Araraquara e Região, Marcelo Dos Santos Roldan, diz que está acompanhando o caso e pede providência. "Os trabalhadores não podem ficar expostos dessa forma", afirmou.

OUTRO LADO

A secretária da Saúde de Américo Brasiliense, Lúcia Ortiz, confirma a situação, mas diz que haverá padronização dos equipamentos para evitar problemas de contaminação. "Em um mês, os novos uniformes chegarão e devemos encontrar uma solução para a questão da garagem", afirmou. A Vigilância Sanitária do Estado disse que fará uma vistoria na unidade do Samu, mas não especificou data para que isso ocorra.

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