Pronto-Socorro da Santa Casa ainda fechado; 1,2 mil pessoas permanecem sem atendimento - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 23/04/2024
 
23/07/2014 - 12h01m

Pronto-Socorro da Santa Casa ainda fechado; 1,2 mil pessoas permanecem sem atendimento

Agência Brasil/Marli Moreira 
Agência Hoje/Fernanda São José
Sem acesso à Santa Casa, pacientes colocam placas de repúdio e reclamam da falta de atendimento na emergência
Sem acesso à Santa Casa, pacientes colocam placas de repúdio e reclamam da falta de atendimento na emergência

São Paulo - A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o maior centro de atendimento filantrópico da América Latina, está com o pronto-socorro fechado desde terça-feira (22). O hospital também suspendeu as cirurgias eletivas e os exames laboratoriais, afetando em torno de 6 mil pessoas. Só no atendimento de emergência passam em média 1,2 mil pessoas por dia. Foram mantidos apenas o acompanhamento dos internados e consultas já agendadas.

Por meio de nota, o provedor da instituição, Kalil Rocha Abdalla, justificou que a interrupção no atendimento foi motivada pela falta de recursos para a compra de materiais e medicamentos. A dívida com os fornecedores de remédios e materiais está em torno de R$ 50 milhões. Incluindo todos os tipos de despesas, os débitos estão avaliados em R$ 400 milhões.

Segundo a assessoria da entidade, a Santa Casa se endividou por causa da defasagem nos valores repassados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e tem tentado negociar um aumento de 50% no repasse total à entidade.

Também por meio de nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que para minimizar os efeitos dessa defasagem tem liberado recursos extras de ajuda às santas casas do estado. Só para esta unidade, o governo destinou R$ 168 milhões em 2014. A secretaria também informou que vai oferecer ajuda no aperfeiçoamento e racionalização dos recursos financeiros encaminhados à instituição.

Já a Secretaria Municipal da Saúde informou que acompanha de perto a situação, mas que não é a gestora do convênio com a unidade. Segundo o órgão municipal, a prefeitura se colocou à disposição para fornecer medicamentos e materiais médico-hospitalares necessários para que o serviço não pare de funcionar.

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