Rede pública de saúde vai imunizar gestantes contra a coqueluche - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
19/11/2014 - 15h32m

Rede pública de saúde vai imunizar gestantes contra a coqueluche

Agência Brasil/Aline Leal  
Valter Campanato/Agência Brasil
Ministro da Saúde, Arthur Chioro, e secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, anunciam a inclusão de vacina para grávidas contra coqueluche, difteria e tétano (DTPa) no SUS
Ministro da Saúde, Arthur Chioro, e secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, anunciam a inclusão de vacina para grávidas contra coqueluche, difteria e tétano (DTPa) no SUS

Brasília - A partir desta segunda-feira (17), a rede pública de saúde disponibilizará para gestantes a vacina tríplice acelular (DTPa), que protege contra tétano, difteria e coqueluche, anunciou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O foco do ministério é a imunização contra coqueluche, de modo que as mães passem a imunidade para os bebês. Segundo o ministro, os casos da doença têm aumentado em todo o mundo. Salientou que 87% dos registros são de bebês com menos de 6 meses. Em 2013, foram 5.668 casos de coqueluche no Brasil e 110 óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina será oferecida a gestantes entre 27 e 36 semanas de gravidez. Chioro informou que as doses já foram distribuídas em todo o país. Também serão imunizados profissionais que atuam em UTI neonatal e maternidades.

Quando a gestante é vacinada, o bebê fica imune por meio da placenta e protegido até completar o calendário vacinal. A imunização contra a coqueluche é oferecida pela rede pública para crianças. Ela é iniciada com a vacina pentavalente, administrada aos dois, quatro e seis meses. Entretanto, o bebê só é considerado imunizado após completar o quadro de vacinas. A criança também recebe como reforço a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro deve ser administrado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.

“Nós passamos a ter uma situação preocupante, inclusive com 245 óbitos nos últimos quatro anos, óbitos concentrados em crianças de menos de seis meses, e principalmente em menores de três meses, por isso é tao importante a estratégia de vacinação da gestante como forma de garantir proteção ao bebê", ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O ministro frisou que a medida não exclui a vacinação das crianças no período adequado.

Para Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do ministério, em adultos a doença pode passar despercebida, pois os sintomas são mais leves. Ressaltou que, em crianças, percebe-se com a "tosse comprida", que pode deixar a criança sem ar. Segundo Barbosa, os sintomas são bem característicos. Como em alguns locais os médicos passam meses e até ano sem contato com pacientes com coqueluche, ela pode ser confundida com outra doença respiratória.

Antes da disponibilização da DTPa, as grávidas tomavam três doses da vacina contra difteria e tétano, a dupla adulto. Agora, tomarão duas doses da dupla adulto e a terceira será substituída pela DTPa.

O público a ser atingido é composto por 2,9 milhões de gestantes e 324 mil trabalhadores de saúde. O Ministério da Saúde adquiriu quatro milhões de doses da vacina.

Doença infecciosa aguda, a coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, transmitida pelo contato direto, por meio de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou pela voz. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por acessos de tosse seca.

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