Regime nomeia novo ministro horas após atentado na Síria - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
18/07/2012 - 07h50m

Regime nomeia novo ministro horas após atentado na Síria

Agência Brasil/Renata Giraldi 
AFP
O Conselho de Segurança da ONU aprensenta hoje, duas proposta referentes á crise na Síria
O Conselho de Segurança da ONU aprensenta hoje, duas proposta referentes á crise na Síria

SÃO PAULO, SP (Folhapress) - O regime sírio designou o chefe de Estado Maior, o general Fahd Yasem al Freich, como o novo ministro da Defesa, poucas horas após a morte do general Dawoud Abdelah Rayiha em um atentado contra o prédio da Segurança Nacional em Damasco, de acordo com a TV estatal.

A emissora não forneceu maiores detalhes sobre a designação de Freich, nascido na província central de Hama.

O general ocupava o cargo do chefe do Estado Maior desde agosto de 2011, quando substituiu Rayiha quando este ascendeu para o Ministério do Defesa.

Conforme informações da TV estatal, Rayiha morreu hoje, junto ao vice-ministro Asef Shaukat (cunhado do ditador Bashar Assad), no atentado em que também se feriram várias autoridades de primeiro escalão do regime.

O grupo rebelde ELS (Exército Livre da Síria), que enfrenta as forças governamentais há quatro dias na capital, já reivindicou a autoria do ataque.

ATENTADO MATA MINISTRO DA DEFESA DA SÍRIA E MAIS 25 PESSOAS

Brasília – Um homem-bomba provocou hoje (18) um atentado em uma das áreas mais movimentadas de Damasco, na Síria, matando o ministro da Defesa do país, Dawood Rajha, e mais 25 pessoas.

Há informações, não confirmadas oficialmente, que o ministro do Interior da Síria, Asif Shawkat, também foi morto no atentado. Shawkat é o chefe do serviço de inteligência da Síria e cunhado do presidente sírio, Bashar Al Assad.

O homem-bomba se posicionou dentro do edifício de Segurança Nacional para provocar o ataque, durante uma reunião de ministros e policiais. Há 16 meses, a Síria enfrenta uma onda de violência causada por embates entre a oposição e o governo.

Os oposicionistas querem a renúncia de Assad, eleições e mais liberdade no país. A estimativa é que mais de 16 mil pessoas morreram na região. A comunidade internacional pressiona Assad a adotar um plano de paz na região impondo um cessar-fogo. A crise na Síria é tema central da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que analisa a possibilidade de ampliar as sanções à Síria.

ONU DISCUTE CRISE NA SÍRIA E EXAMINA ADOÇÃO DE NOVAS SANÇÕES

Brasília - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discute hoje (18), em Nova York, nos Estados Unidos, duas propostas de resoluções referentes à Síria. Uma delas, apresentada pelos britânicos, recomenda a adoção de novas sanções ao governo sírio. Mas os russos apresentaram um texto sugerindo apenas a manutenção de observadores externos, no país, por mais três meses e a exclusão de restrições aos sírios.

Nas últimas reuniões, as autoridades da Rússia bloquearam duas resoluções definindo condenações ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, devido aos massacres em Treimsa – nos quais mais de 150 civis foram mortos na semana passada pelas tropas e milícias que apoiam o governo. A Rússia, a China e o Irã são parceiros tradicionais da Síria. Exceto o Irã, esses países integram o grupo das nações com assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.

Pelas normas do conselho, uma resolução deve receber o voto favorável de todos os integrantes permanentes no órgão, no caso a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. Se um deles se opuser à proposta, a medida não pode ser adotada. Também se manifestam nas discussões as autoridades dos dez países que ocupam assentos rotativos.

Até o final de 2012, estão nos asssentos provisórios do conselho: Azerbaijão, África do Sul, Colômbia, Marrocos, Togo, Alemanha, Paquistão, Guatemala e Portugal. Na tentativa de obter consenso entre os inegrantes do órgão em torno de uma solução para a crise na Síria, o emissário da ONU e da Liga Árabe ao país, Kofi Annan, conversou com vários líderes estrangeiros. Na Síria, a onda de violência se estende há 16 meses e matou mais de 16 mil pessoas.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que defende a destituição de Assad, reúne-se hoje com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. “[Espero que a conversa] abra novos horizontes sobre a questão, e novas sanções contra a Síria surgirão na ordem do dia”, disse o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc.

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