Rosso admite deixar disputa na Câmara caso Maia desista - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 28/03/2024
 
18/01/2017 - 03h21m

Rosso admite deixar disputa na Câmara caso Maia desista

Agência Brasil/Paulo Victor Chagas 
Agência Brasil/Arquivo
Deputado Rogério Rosso fala em desistir de candidatura para preservar unidade da base aliada
Deputado Rogério Rosso fala em desistir de candidatura para preservar unidade da base aliada

Brasília - Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) admitiu a possibilidade de renunciar à disputa em prol da unidade da base aliada do presidente Michel Temer, mas desde que o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também desista de concorrer à reeleição.

Em entrevista a jornalistas após se encontrar com o presidente Michel Temer, o parlamentar disse que dará continuidade às viagens para promover sua candidatura, mas pregou “desprendimento” para evitar “qualquer movimentação de separação da base”.

“Pela governabilidade, eu tenho total desprendimento em apoiar uma candidatura de consenso na Casa, menos uma candidatura inconstitucional. Se for pela garantia da governabilidade, para que o Brasil possa superar essa travessia difícil dos próximos dois anos, eu não tenho nenhuma dificuldade com esse desprendimento. Apenas não vou apoiar uma candidatura que julgo inconstitucional”, afirmou

Dizendo ser contra o que chamou de judicialização da eleição, o que geraria, segundo o deputado, uma Mesa Diretora “sub júdice” ao longo deste ano, Rogério Rosso disse confiar que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre o assunto a tempo.

"Isso gera instabilidade e insegurança. É isso que eu tenho dito reiteradas vezes, com muita humildade, que quando lançamos nossa candidatura ano passado, não contávamos em nenhuma hipótese com uma candidatura à reeleição contra o que dispõe a Constituição”, disse o deputado.

Segundo ele, durante o encontro com Temer foram discutidas questões tributárias. Ao final da reunião, afirmou, foi mencionado o assunto da candidatura à Câmara, mas o presidente sempre repete o discurso da “imparcialidade e isenção”.

“Eu confio muito nisso. Tenho certeza que um auxiliar do presidente que estiver fazendo o contrário estará no mínimo desrespeitando o chefe”, criticou.

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