Segundo projeção da Cepal exportações da América Latina terão queda de 14% - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
20/10/2015 - 17h49m

Segundo projeção da Cepal exportações da América Latina terão queda de 14%

Agência Brasil/Ana Cristina Campos 

Brasília - O valor das exportações da América Latina e do Caribe deverá diminuir, pelo terceiro ano consecutivo em 2015, em14%, segundo as novas projeções da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgadas nesta terça-feira (20).

O relatório Panorama da Inserção Internacional da América Latina e Caribe 2015 informa que as fortes quedas nos preços das matérias-primas e uma menor demanda internacional pelos produtos que a região exporta afetaram as vendas ao exterior. Em 2014 e 2013, as exportações caíram 3% e 0,4%, respectivamente.

A desaceleração da economia chinesa desde 2012 também explica a queda das exportações latino-americanas e caribenhas, especialmente nos países que mais dependem das vendas para o país asiático, ressalta o organismo da ONU. Segundo o estudo, esta nova realidade pode representar uma oportunidade para a região diversificar suas vendas para a China

O relatório indica que a queda do valor das exportações será mais aguda em países exportadores de petróleo e seus derivados e de matérias-primas. A Venezuela deverá ter uma contração de 41% nas vendas externas; Bolívia, 30%; Colômbia, 29%; Argentina e Chile, 17% e Brasil, 15%. México e América Central terão queda menor nas exportações, de 4%, por causa das vendas para os Estados Unidos, o principal destino de seus embarques.

De acordo com a Cepal, é provável que as exportações da região voltem a cair em 2016, visto que não há perspectivas de uma recuperação dos preços das commodities para o próximo ano.A Cepal propõe que a região coloque maior ênfase no comércio intrarregional ao implementar os acordos de facilitação de comércio e na negociação em bloco com outras regiões do mundo como saídas para a crise.

“A região está em uma encruzilhada: ou segue no atual caminho restringido pelo contexto global ou se compromete com uma inserção internacional mais ativa que privilegie a política industrial, a diversificação, a facilitação de comércio e a integração intrarregional”, disse, em nota, a secretária executiva da Comissão, Alicia Bárcena

Hoje São Paulo

© 2024 - Hoje São Paulo - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por ConsulteWare e Rogério Carneiro