Sem citar Lula, José Serra comenta: "qualquer interferência no STF é indevida" - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 08/05/2024
 
29/05/2012 - 01h23m

Sem citar Lula, José Serra comenta: "qualquer interferência no STF é indevida"

Folhapress/Daniela Lima 

SÃO PAULO, SP (Folhapress) - Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra disse nesta segunda-feira (28) que "qualquer interferência" no STF (Supremo Tribunal Federal) é "indevida". Sem fazer referência ao ex-presidente Lula, Serra defendeu isenção no julgamento do mensalão.

Serra falou sobre o assunto após ser questionado por jornalistas sobre o relato da revista "Veja" sobre uma reunião entre Lula e o ministro do STF Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.

Segundo a publicação, Lula propôs blindar qualquer investigação sobre Mendes na CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários. Em troca, o ministro apoiaria o adiamento do julgamento do mensalão.

"O mensalão é uma coisa muito importante, e eu não estou fazendo juízo prévio. E é muito importante que seja julgado, como eu tenho certeza que o STF o fará, de maneira isenta e seguindo estritamente os critérios das leis e da Constituição", disse Serra.

Ainda sem citar o ex-presidente, Serra disse não acreditar que pressões "de qualquer tipo" e feita "por quem que se seja" mude a orientação da corte sobre o caso.

"E qualquer pressão, qualquer interferência é indevida e eu não acredito que mude a orientação do STF. Qualquer orientação de qualquer tipo, feita por quem quer que seja."

O ex-governador falou sobre o assunto durante um jantar de comemoração dos 24 anos do PSDB, em São Paulo. O evento serviu para arrecadar fundos para a campanha do tucano à prefeitura. A meta era arrecadar R$ 400 mil. Cada participante do jantar pagou R$ 1.000 pelo convite.

No mesmo evento, o governador Geraldo Alckmin disse que preferia aguardar o desdobramento do caso, mas defendeu a "independência" entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Alckmin deixou o jantar do PSDB para participar de uma agenda com o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto.

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