Sobe para três o número de mortos no Rio. Famílias desalojadas passam de 2,2 mil - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 25/04/2024
 
12/12/2013 - 09h45m

Sobe para três o número de mortos no Rio. Famílias desalojadas passam de 2,2 mil

Agência Hoje 
Agência Brasil/Cristina Indio do Brasil
No Complexo do Alemão, risco de desabamento desalojou mais 20 famílias
No Complexo do Alemão, risco de desabamento desalojou mais 20 famílias
  • Chuvas no Rio provocam situação de emergência em 13 municípios

Rio de Janeiro (Agência Brasil/vitor Abdala//Atualização) – As chuvas dos últimos dias deixaram pelo menos três mortos, um jovem desaparecido e centenas de desalojados no estado do Rio de Janeiro. Na Baixada Fluminense, dois homens morreram ao serem arrastados pelo Rio Botas, sendo um deles em Nova Iguaçu e o outro em Belford Roxo.

De acordo com boletim divulgado na tarde de hoje (12) pela Secretaria Estadual de Assistência Social, os números de desalojados são: 2 mil pessoas em Nova Iguaçu, 231 famílias em Mesquita e 11 famílias em Queimados.

Em Japeri, quase 18 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas. A nota divulgada pela Secretaria de Assistência Social não informa, no entanto, o número total de pessoas ou famílias que tiveram que deixar suas casas.

No norte fluminense, o transbordamento de rios coloca em risco pelo menos seis municípios: Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira, Italva, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana. Nesse último município, a enxurrada provocou o rompimento de uma tubulação que passa sob uma rodovia e, consequentemente, fez uma cratera na pista.

Dois carros caíram no buraco e foram arrastados pela água. Um homem morreu e um adolescente desapareceu.

O governo fluminense anunciou que pagará o aluguel social, por 12 meses, para todas as famílias que perderem suas casas em decorrência das chuvas. O valor do benefício é R$ 500 por mês. Para solicitá-lo, é preciso apresentar identidade (original e cópia), CPF (original e cópia), comprovante de residência do imóvel afetado e laudo da Defesa Civil.

CHUVAS CAUSAM ALERTA MÁXIMO EM 13 MUNICÍPIOS DO RIO

Rio de Janeiro (Agência Hoje) - O nível dos rios na Baixada Fluminense atingiram 80% da cota de transbordamento e provocou a decretação de alerta máximo em 13 municípios do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente, o volume é o mais grave em uma escada de quatro níveis registrado até agora.

A preocupação dos técnicos é com a continuidade das chuvas, prevista pelos meteorologistas. O alerta máximo está vigorando para quatro municípios da Baixada Fluminense - Nilópolis, Mesquita, Belfort roxo e Duque de Caxias, todos ameaçados pelas enchenbtes do rio Capivari. Na região moram cerca de dois milhões de pessoas.

Para os rios Iguaçu e Pavuna, o Inea decretou estágio de alerta, considerado o segundo mais grave. Mesmo com uma cota de transbordamento mais baixa, eles continuam representando ameaça para as cidades de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belfort Roxo, no caso do Iguaçu, e São João de Meriti, Saracuruna e parte de Duque de Caxias no caso do Pavuna.

Os municípios de Petrólolis e Teresópolis, na região Serrana, também estão em alerta por causa das cheias dos rios Quitandinha e Paquequer. A população foi avisada e está sendo acompanhada nas medidas de emergência.

O alerta máximo também está valendo para o norte fluminense, principalmente por causa do rio Muriaé que passa pelos municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira.

Os membros da Defesa Civil detectaram ainda que o rio Carangola ameaça áreas baixas no município de Porciúncula, enquanto o rio Itabapoana preocupa os moradores de Bom Jesus do Itabapoana.

INEA ATENDE VÍTIMAS COM 8 ESCAVADEIRAS E 30 CAMINHÕES

Rio de Janeiro (Agência Hoje) - Todas as equipes do Instituto Estadual do Ambiente estão mobilizadas para realizar operações de emergência e atender os 13 municípios que decretaram estado de alerta máximo por causa das fortes chuvas que caem diariamente no Rio de Janeiro desde a segunda-feira, 9. As casas estão sendo vistoriadas por equipes da Defesa Civil.

A presidente do Inea, Marilene Ramos, lamentou que a escavadeira hidráulica que estava fazendo a desobstrução de rios em Japeri foi queimada por grupos de manifestantes. Ela pediu à população ajuda para proteger equipamentos necessários para ajudar nos trabalhos de socorro às vítimas e remoção de terra e entulho em rios e valões.

"Estamos com todas as equipes do Inea que atuam em situações de emergência já mobilizadas e realizando vistorias nos municípios mais afetados. Oito escavadeiras e 30 caminhões foram mobilizados para atender Queimados, Japeri, Nova Iguaçu e Belford Roxo. Nas últimas 24h, o índice pluviométrico na região alcançou 178mm em 24 h, quando o previsto para o período de um mês era de 240mm", disse a presidente.

As equipes do Inea na Baixada estão percorrendo os bairros a fim de verificar possíveis pontos de estrangulamento dos principais rios drenadores da região. Conforme verificaram, a estação de bombeamento instalada no lote XV, em Berford Roxo, entrou em operação em virtude do grande volume de água acumulas no Polder do Outeiro. A estação é composta por cinco bombas importadas da Suécia, com capacidade para drenar 7.200 l/s.

"A estação tem a função de retirar o excesso de água da área alagável do Pôlder do Outeiro, extravasando para o Rio Iguaçu, de modo a evitar inundações na área do Lote XV, em caso de chuvas intensas. Na região foi construído ainda o Pôlder do Pilar e sistemas de comportas que evitam que as águas dos rios Botas e Iguaçu invadam as áreas baixas dos bairros Pilar e Lote XV", explicou Marilene Ramos.

Para garantir que não haja interrupção do funcionamento em caso de queda de energia, a estação de bombeamento dispõe ainda de três geradores a diesel, cada um com capacidade de 450kVA (potência híbrida) e de uma subestação elétrica com potência de 1000kVA, com dois transformadores de 500kVA cada.

A presidente do Inea ressalta que durante períodos de chuvas intensas as águas dos rios necessariamente aumentam de volume e extravasam das calhas. Por isso, é importante que as margens dos rios estejam desobstruídas para expansão dos leitos quando da ocorrência de tempestades. E essa vem sendo a principal meta do Projeto Iguaçu.

"Já investimos R$ 440 milhões na Baixada Fluminense. Reassentamos mais de 3 mil famílias que viviam em áreas de risco de inundação. Com o avanço das intervenções, nos últimos anos não estão sendo registradas grandes tragédias na região, como as que historicamente ocorriam todo verão. As obras de macrodrenagem do Rio Iguaçu, no bairro Pilar, em Caxias, evitou que os estragos fossem maiores. O Rio Botas, em Belford Roxo, no bairro São Bernardo, transbordou alagando a via marginal direita do rio, mas não avançou para as casas vizinhas", afirmou.

Marilene Ramos destacou como uma das principais causas de cheias é o descarte inadequado de lixo que, conforme avalia, ainda figura entre os principais problemas nas cidades. A coleta regular evita que o lixo acabe dentro dos rios e canais. “Não adianta desassorear leitos, ampliar calhas, desocupar margens se não houver preservação das intervenções”, disse.

CONFIRMADA MORTE DE DUAS PESSOAS NA BAIXADA FLUMINENSE

Rio de Janeiro (Agência Brasil/Douglas Corrêa) - Pelo menos duas pessoas morreram em consequência do temporal das últimas 24 horas que atingiu o município do Rio e a Baixada Fluminense. O pedreiro Martins Mesquita da Silva, de 50 anos, caiu, ontem à noite, ao tentar atravessar uma ponte sobre o Rio Botas, em Nova Iguaçu, e desapareceu. Agora à noite, o corpo de um homem apareceu boiando às margens do rio, mas ainda não foi identificado oficialmente.

Os bombeiros de Nova Iguaçu encontraram esta noite, por volta das 20h, o corpo de Neilson Viana Ribeiro, de 18 anos, que, pela manhã, na hora do temporal, caiu em um rio em Belford Roxo.

No momento, o Rio Sarapuí, que passa por vários municípios da Baixada Fluminense, está em alerta máximo, o terceiro nível de preocupação para transbordamento. O Sarapuí corta as cidades de Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita e Nilópolis.

O Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que o sistema de baixa pressão, localizado próximo ao litoral do Rio de janeiro, se afasta lentamente da cidade, proporcionando ligeira melhora nas condições meteorológicas nesta quinta-feira (12), mas alerta que o dia ainda será de tempo chuvoso.

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