São Paulo (Agência Hoje) - Os docentes da rede estadual de ensino de São Paulo entraram em greve na segunda-feira, 16, e afirmam que a paralisação continua até que sejam feitas as negociações. As razões para a greve vão desde cortes com gastos básicos até salas de aulas superlotadas.
Na última sexta-feira, 20, pelo menos 40 mil pessoas, entre professores, pais e alunos, se reuniram em uma assembleia na Avenida Paulista, e a categoria votou pela continuidade da greve.
De acordo com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), o número de professores que aderiram a paralisação é de pelo menos 130 mil, algo em torno de 59% da categoria.
Conforme informações dadas ao Hoje São Paulo pela professora Juliana Braga, muitas escolas estão sem papel sulfite, tinta para a impressão de atividades e até mesmo sem papel higiênico. Além disso, ela disse que devido aos cortes de gastos, muitas salas de aula foram fechadas, e por isso, docentes estão desempregados, e há a superlotação das salas de aula.
As reivindicações da categoria são:
• 75% de aumento salarial necessário para a equiparação com os profissionais de ensino superior completo, tal qual determina o PNE;
• Nova forma de contratação dos professores temporários, com garantias de direitos;
• Fim do fechamento de classes e imediato desmembramento das salas superlotadas;
• Aceleração dos processos de aposentadoria;
• Transformação do bônus em reajuste salarial;
Segundo os professores, uma nova assembleia está marcada para esta semana,sexta-feira,27, no vão livre do MASP, a partir das 14h.