SÃO PAULO, SP (Folhapress) - A 5ª turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou hoje recurso da advogada Carla Cepollina, acusada de matar o ex-coronel Ubiratan Guimarães em 2006.
Em junho de 2010, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que Cepollina deveria ser levada a júri popular pelo crime, revisando decisão da primeira instância que afirmava não haver provas suficientes para o julgamento.
A defesa da advogada recorreu ao STJ, que decidiu hoje manter o júri para Cepollina.
Na decisão, a ministra Laurita Vaz afirma que "como é sabido, na fase de pronúncia não se faz necessário um juízo de certeza, basta que o julgador se convença da existência do delito e de indícios suficientes de que o réu seja o seu autor". A data do julgamento de Cepollina ainda não foi definida.
Procurado, o advogado de defesa Sergei Cobra Arbex não retornou a ligação da reportagem na tarde de hoje. Sua versão será incluída neste texto assim que houver manifestação.
CRIME
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, o coronel Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste), no dia 9 de setembro de 2006.
A investigação da polícia apontou Cepollina como única responsável pelo crime. Ela foi a última pessoa a ser vista entrando no apartamento, e, segundo a polícia, sua motivação seria o ciúme.
Ela foi indiciada pela polícia e denunciada pelo Ministério Público sob a acusação de homicídio duplamente qualificado -por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima-, mas sempre negou o crime.