Tribunal de Justiça do Rio determina o bloqueio das contas bancárias de policiais - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
20/08/2015 - 18h11m

Tribunal de Justiça do Rio determina o bloqueio das contas bancárias de policiais

Agência Brasil* 

Rio de Janeiro - O Tribunal de Justiça do Rio decretou o bloqueio das contas bancárias, o sequestro e indisponibilidade dos bens móveis e imóveis dos denunciados nas operações Amigos S.A. e Profilaxia. As operações investigam denúncias de que policiais do batalhão de Bangu, na Zona Oeste da cidade, extorquiam comerciantes e empresários da região. A decisão atendeu pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio (MP).

A decisão atinge o ex-comandante de Operações Especiais da Polícia Militar, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, sua mãe, Maria Mércia Fontenelle de Oliveira, e a irmã dele, Maria Paula Fontenelle de Oliveira, e cinco oficias da Policia Militar também foram alcançados pela medida. Todos são acusados de associação criminosa armada e de diversos crimes de lavagem de dinheiro.

De acordo com o juiz Rafael Rezende das Chagas, da Primeira Vara Criminal de Bangu, “há fortes indícios de que a movimentação bancária dos acusados está associada à prática de diversos crimes, especialmente concussão, corrupção e lavagem de dinheiro”. O magistrado também argumentou que “os imóveis e demais bens dos acusados listados pelo Ministério Público revelam a desproporcionalidade com os saldos da Polícia Militar”.

Segundo o Ministério Público, o coronel Fontenelle é o real proprietário de dois apartamentos registrados em nomes de terceiros e de uma casa em área nobre de Búzios, na Região dos Lagos. O primeiro apartamento, localizado no Grajaú, Zona Norte do Rio, foi registrado no nome da irmã, Maria Paula.

O imóvel tem 200 metros quadrados, e é avaliado em R$ 995 mil. O segundo, uma cobertura em Jacarepaguá, na Zona Oeste da Cidade, está nos nomes da mãe de Fontenelle, e de outros dois oficiais. O imóvel tem 300 metros quadrados e é avaliado em R$ 750 mil. As escrituras dos dois imóveis foram feitas na mesma data, na época em que os oficiais atuavam no batalhão de Bangu.

*Com informações de Ícaro Matos, repórter do Radiojornalismo

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