UE pede à Rússia que garanta diversidade de opiniões no país - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 26/04/2024
 
12/03/2015 - 15h19m

UE pede à Rússia que garanta diversidade de opiniões no país

Agência Brasil/Giselle Garcia 
Reprodução
"os cidadãos russos merecem uma Rússia aberta e democrática", enfatizou a chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini.
"os cidadãos russos merecem uma Rússia aberta e democrática", enfatizou a chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini.

Copenhague - A chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, pediu nessa quarta-feira (11) à Rússia, durante debate no Parlamento Europeu, que conduza com transparência as investigações sobre o assassinato do ativista de oposição Boris Nemtsov e que garanta o direito à diversidade de opiniões no país.

“As autoridades russas não só têm o dever de conduzir uma ampla e transparente investigação sobre o assassinato de Nemtsov, mas também precisam pôr fim ao clima de suspeição, ódio e intolerância à diversidade de opiniões”, disse Federica.

Ela enfatizou que “os cidadãos russos merecem uma Rússia aberta e democrática”, pois “o reforço das liberdades políticas e o suporte à consolidação da democracia são objetivos definidos no artigo primeiro do Acordo de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e a Rússia”.

Nemtsov, ex-vice-primeiro-ministro russo, era um crítico ferrenho das políticas econômicas do governo Putin e liderava uma campanha contra o envolvimento da Rússia no conflito no Leste da Ucrânia. Ele foi baleado na noite de 27 de fevereiro enquanto caminhava com sua namorada nos arredores da Praça Vermelha, no centro de Moscou. Foi o oposicionista mais proeminente assassinado na Rússia durante os 15 anos do governo Putin. Além dele, vários outros ativistas e opositores foram mortos em situações não esclarecidas.

O governo russo nega qualquer envolvimento na morte de Nemtsov e estabeleceu um comitê para apurar o caso, coordenado diretamente por Putin. Cinco suspeitos foram detidos no último fim de semana, entre eles Zaur Dadayev, que confessou a autoria do crime em depoimento à justiça. Membros de uma organização de direitos de prisioneiros que visitaram Dadayev na prisão alegam, entretanto, que ele foi forçado a fazer a confissão.

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