Roma - Há um ano do apelo do papa Francisco para que as paróquias, igrejas e santuários abrigassem pelo menos uma família de imigrantes, as instituições religiosas italianas informaram que abrigam cerca de 30 mil solicitantes de asilo e refugiados. As informações são da Agência Ansa.
Segundo o monsenhor Giancarlo Perego, diretor da Fundação Migrantes, houve um aumento do empenho das igrejas que, antes do apelo de Francisco, recebiam cerca de 22 mil deslocados.
Além disso, o pedido fez com que fossem encontradas novas formas de realocação, em parceria com prefeituras e comunas, que fizeram com que 5 mil estrangeiros fossem acolhidos pelas paróquias e outros 500 adultos fossem "adotados" por famílias através do projeto "Refugiado em minha Casa" da Caritas da Itália.
Ainda de acordo com Perego, foi "fundamental" o empenho de mais de 60 instituições religiosas femininas e masculinas, que repensaram sua estrutura para a realocação de pessoas, especialmente, crianças, mulheres com filhos e pessoas doentes.
Em 6 de setembro de 2015, durante a tradicional celebração do Angelus, Jorge Mario Bergoglio fez um pedido para que as paróquias de toda a Europa dessem "um gesto concreto" na então preparação para o Ano Santo da Misericórdia, iniciado em dezembro do mesmo ano.
Desde o início da intensa onda migratória à Europa, em 2013, a Itália é uma das principais portas de entrada ao continente de milhares de pessoas que fogem de guerras, da miséria ou de conflitos regionais.