Universidade do Rio de Janeiro lança carta em defesa do Sistema �nico de Saúde - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 29/03/2024
 
29/09/2016 - 11h14m

Universidade do Rio de Janeiro lança carta em defesa do Sistema �nico de Saúde

Agência Brasil/Akemi Nitahara  

Rio de Janeiro - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) lançou uma carta aberta em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). No documento, é reafirmada a necessidade do caráter público e universal do SUS, como uma política social prevista na Constituição. O texto cita como ameaças ao SUS a PEC 241/2016, que propõe o congelamento dos gastos públicos por 20 anos e a sugestão do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de criação de planos de saúde populares para “aliviar” o SUS.

O tema foi debatido durante todo o dia na Uerj, no evento Ato em Defesa do SUS, com a presença de representantes de diversos setores da universidade, como o Hospital Universitário Pedro Ernesto e o Instituto de Medicina Social, além de pesquisadores convidados, profissionais da área de saúde e outras instituições ligadas ao setor.

Integrante do comitê de organização do evento e do Instituto de Nutrição da Uerj, Luciana Castro diz que o encontro dá continuidade às discussões iniciadas em junho.

Entre as propostas apresentadas para melhorar o SUS, Luciana cita novas formas de gestão e divulgação do sistema. “A gente precisa inventar novas formas de gestão, tanto do sistema como um todo quanto dos recursos humanos. A gente precisa falar sobre ele para a população, fazer uma mídia que seja uma mídia responsável e apresentar para a população o que é que nós temos, o que o SUS tem de bom, de quem ele cuida e como ele cuida, né? Acho que essa é uma questão importante. Acho que é preciso dinheiro, precisa ser muito bem financiado, esse dinheiro precisa chegar aos municípios, não dá para conviver somente com esse recurso que tem sido repassado”.

Sobre os planos de saúde populares, ela diz que é uma “afronta”. "Os planos de saúde já estão precarizados, então é você dar uma esperança para quem está comprando esse plano de saúde que ele vai ser atendido. Ele não vai ser atendido e quando ele precisar de alguma questão de fundo mais grave, ele vai recorrer ao SUS também”.

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