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03/03/2015 - 13h09m

Vazão da Barragem Santa Cecília será reduzida gradualmente

Agência Brasil/Vinicius Lisboa  
Reprodução
A redução da vazão mínima de Santa Cecília, de 140 metros cúbicos por segundo para 110, foi determinada pela Agência Nacional de Águas (ANA)
A redução da vazão mínima de Santa Cecília, de 140 metros cúbicos por segundo para 110, foi determinada pela Agência Nacional de Águas (ANA)

Rio de Janeiro - A vice-presidenta do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul (Ceivap), Vera Lúcia Teixeira, disse que a redução da vazão da Barragem de Santa Cecília, em Barra do Piraí, no Rio, será gradual e deve começar após uma reunião marcada para quarta-feira (4) no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O encontro vai discutir o modo como será feita essa diminuição. "Deve haver uma redução de 5 metros cúbicos por vez. A gente tem até 30 de junho para chegar a 110", disse Vera Lúcia, ao acrescentar que os impactos da redução serão avaliados.

A redução da vazão mínima de Santa Cecília, de 140 metros cúbicos por segundo para 110, foi determinada na segunda-feira (2) pela Agência Nacional de Águas (ANA). Dessa barragem, é bombeada a água que chega ao Rio Guandu, que abastece a região metropolitana do Rio. Também sai de lá a água que segue o curso do Rio Paraíba do Sul e recebe outros afluentes em direção ao norte e noroeste do estado, passando em parte de Minas Gerais.

A determinação da ANA inclui a avaliação periódica da redução. Segundo a agência, será preciso observar a água que segue para o Rio Guandu e a que fluirá rio abaixo. "Essas análises serão feitas pela agência, pelo ONS e pelo governo do estado do Rio. O Ceivap e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu darão apoio às avaliações", informa a resolução.

A medida também pede que as concessionárias responsáveis pelos reservatórios promovam ampla divulgação da redução, com atenção especial às cidades ribeirinhas.

Em maio de 2014, a vazão da barragem de Santa Cecília caiu de 190 metros cúbicos por segundo para 173. Em julho, nova resolução baixou para 165 e, em setembro, para 160. O patamar atual, de 140 metros cúbicos por segundo, foi determinado em dezembro. A nova redução considerou "a atual situação hidrometeorológica desfavorável da região", além de documentos do ONS e do Ceivap.

A redução afeta os reservatórios rio abaixo, que também terão diminuições de vazão. Segundo a determinação, até 30 de junho, a descarga mínima de Santa Branca, que deixou o volume morto na semana passada, deve cair de 40 para 34 metros cúbicos por segundo. O Reservatório de Funil terá redução de 80 para 70, e a Represa de Jaguari, de 10 para 4.

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