Veleiro de expedição russa desaparece no mar da Antártica - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 19/04/2024
 
07/04/2012 - 00h23m

Veleiro de expedição russa desaparece no mar da Antártica

Agence France Presse 
©AFP
O veleiro Scorpius, desaparecido na Antártica
O veleiro Scorpius, desaparecido na Antártica

MOSCOU (AFP) - Uma tripulação russo-ucraniana que começou a velejar em setembro em uma expedição histórica nos pólos sul e norte desapareceu na Antártica esta sexta-feira, após se deparar com fortes ventos.

Uma porta-voz da tripulação de oito pessoas a bordo do veleiro Scorpius, de 29 metros, informou que a equipe fez o último contato por rádio na segunda-feira à noite, quando se preparava para uma nova etapa perigosa de sua viagem pelas Shetlands do Sul.

A última postagem do site da missão informou que o Scorpius encontrou ventos fortes a caminho da Ilha Decepção, um local conhecido entre aventureiros por seu vulcão em permanente atividade.

A equipe tinha acabado de visitar a base de pesquisas Akademik Vernadsky, administrada pela Ucrânia, e viajava de volta à estação russa Bellingshausen.

"Ventos fortes soprando durante todo o dia", escreveu a tripulação no diário baseado no site.

"Tentar entrar na baía, que é pontuada por rochas submarinos e baixios com os ventos soprando desta forma é muito perigoso", explicou a tripulação.

A porta-voz da expedição, Anna Subbotina, disse que o capitão disse a ela na segunda-feira, por volta das 20h00 de Brasília, que o Scorpius navegou cerca de 50 km em mar aberto, procedente da estação ucraniana porque havia muito gelo cobrindo o entorno da baía.

"Seria uma forma sutil de dizer que estamos muito, muito preocupados", disse Subbotina à AFP.

Ela acrescentou que o capitão tinha prometido anteriormente fazer contato a cada dois dias porque esta parte do Atlântico tinha noites particularmente escuras nesta época do ano e que a área ficou subitamente coberta de gelo.

"O capitão disse que estava particularmente temeroso de atingir um iceberg", acrescentou Subbotina.

"Eu sei que esta é uma tripulação muito forte, que se recusa a pressionar o botão SOS a menos que esteja pronta a desistir. Espero que seja por isso que não tivemos notícias deles", concluiu.

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