Wilder de Morais toma posse no Senado no lugar de Demóstenes - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 26/04/2024
 
13/07/2012 - 12h19m

Wilder de Morais toma posse no Senado no lugar de Demóstenes

Agência Senado 
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Wilder de Morais chegou ao Senado por volta das 9 horas e, logo após prestar o juramento tradicional, deixou o plenário
Wilder de Morais chegou ao Senado por volta das 9 horas e, logo após prestar o juramento tradicional, deixou o plenário

O primeiro suplente do senador cassado Demóstenes Torres tomou posse na manhã desta sexta-feira (13) no Plenário do Senado, assim que aberta a sessão. Wilder Pedro de Morais (DEM-GO) assinou o termo de posse e fez o juramento previsto no Regimento Interno da Casa:

- Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil - afirmou.

A posse de Wilder surpreendeu os próprios senadores. Ele ligou hoje cedo para os integrantes da Mesa, comunicando que estava em Brasília e que desejava tomar posse. O 4º secretário, senador Ciro Nogueira (PP-PI), conduziu a rápida cerimônia de posse.

Assistiram o juramento os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Ana Amélia (PP-RS). Encerrada a cerimônia de posse, o novo senador retirou-se do Plenário em direção à Chapelaria.

Com a cassação de Demóstenes Torres, Wilder terá mais seis anos e meio de mandato. O nome parlamentar adotado pelo novo senador será Wilder Morais.

SUPLENTE REPETE TÁTICA DE DEMÓSTENES E NEGA RELAÇÃO COM CACHOEIRA

BRASÍLIA, DF (Folhapress/Gabriela Guerreiro) - Depois de ser empossado senador hoje na vaga de Demóstenes Torres, Wilder Morais (DEM-GO) negou ter sido indicado para a suplência do ex-líder do DEM pelo empresário Carlos Cachoeira.

Pelo Twitter, Morais disse que o áudio que flagra sua conversa com Cachoeira sobre a indicação é um "fragmento" que não corresponde com a realidade dos fatos.

Morais disse que, se a íntegra da conversa tivesse sido divulgada pela Polícia Federal, ficaria comprovado que a "interpretação dos fatos seria outra".

"Áudio exibido pela imprensa mostrando Carlos Cachoeira dizendo que me indicou a suplente e secretário é fragmento de uma conversa. Discutíamos sobre questões de foro íntimo, que resultou na minha separação da esposa. Ao contrário do que vem sendo divulgado, meu real propósito não foi mostrar gratidão, mas pôr fim a uma conversa constrangedora", afirmou pela rede social.

Os argumentos de Morais são os mesmos utilizados pelo ex-senador Demóstenes Torres para justificar as conversas com Cachoeira.

Em sua defesa, o ex-senador afirmou que a Polícia Federal vez "vazamentos seletivos" de conversas que não permitiram expor a realidade dos fatos.

Morais também disse que conversava com Cachoeira sobre assuntos pessoais, inclusive a separação do empresário de sua ex-esposa.

Além de secretário de Infraestrutura do Estado de Goiás, Morais é empresário. Ele é ex-marido da atual mulher de Cachoeira, Andressa Morais - assunto sobre o qual estaria conversando com o empresário por telefone.

Wilder Morais, 44, é neófito na política. Amparado em sua atividade na área de construção, tornou-se um dos principais empresários de Goiás. Filiou-se ao DEM apenas em julho de 2009. Com patrimônio declarado à Justiça Eleitoral de R$ 14,4 milhões, foi um dos principais financiadores de Demóstenes.

Com a eleição de Marconi Perillo (PSDB) para o governo de Goiás, foi nomeado, em janeiro de 2011, secretário de Infraestrutura -seu primeiro cargo público.

EMPRESA

No Twitter, Morais ainda contestou informação de que não teria declarado parte de seus bens na prestação de contas dos candidatos encaminhadas à Justiça Eleitoral. Ele diz que há um "equívoco na informação" uma vez que os empreendimentos pertencem ao Grupo Orca, do qual é um dos sócios. "Isso consta em minha prestação de contas no TSE e na Receita Federal", afirmou.

A Orca Incorporadora recebeu R$ 47,2 milhões da CEF (Caixa Econômica Federal) para tocar projetos do Minha Casa Minha Vida, sobre o qual o novo parlamentar pode vir a legislar ou propor emendas, segundo mostra reportagem da Folha de S.Paulo publicada hoje.

O valor recebido pela Orca corresponde a 89% dos contratos assinados pela empreiteira com a Caixa para a construção de cinco empreendimentos do programa nas cidades goianas de Nerópolis, Hidrolândia, Aparecida de Goiás e Taquaral.

Para atuar no Minha Casa, Minha Vida, as empreiteiras devem ter seus projetos aprovados pela Caixa, que analisa documentos sobre o terreno da obra e a viabilidade do empreendimento. A Orca era proprietária dos terrenos onde construiu as unidades.

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