Wilder Morais, ex-marido da mulher de Cachoeira, é o suplente de Demóstenes - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 20/04/2024
 
11/07/2012 - 15h48m

Wilder Morais, ex-marido da mulher de Cachoeira, é o suplente de Demóstenes

Agência Hoje 
Divulgação
Wilder de Morais, primeiro suplente de Demóstenes Torres, é ex-marido da atual mulher de Cachoeira
Wilder de Morais, primeiro suplente de Demóstenes Torres, é ex-marido da atual mulher de Cachoeira

Brasília (Agência Hoje) - O primeiro suplente de Demóstenes Torres no Senado é Wilder Pedro de Morais, que na verdade é o ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. É ele quem vai assumir de imediato o mandato do senador cassado.

Wilder Pedro de Morais é empresário, dono de construtoras, e atualmente é secretário de Infraestrutura do Estado de Goiás, nomeado na gestão de Marconi Perillo. Considerado um homem muito rico, na declaração de renda apresentada à Justiça Eleitoral, ele informou que guardava em casa, em dinheiro vivo, R$ 2,2 milhões.

De acordo com informações de amigos e vizinhos, o suplente Wilder de Morais sempre foi amigo muito próximo de Carlinhos Cachoeira. Em Goiás comenta-se com insistência que Demóstenes seria sócio oculto da Construtora Orca, da qual Morais aparece como principal acionista.

Nascido em Taquaral de Goiás, Wilder Morais é formado em engenharia civil pela Universidade Católica de Goiás e atua como empresário. A sua primeira experiência na vida pública foi com a candidatura a primeiro suplente de Demóstenes Torres. Em seguida tornou-se secretário de Infraestrutura do Estado de Goiás e também presidente do Conselho de Administração da CelgPar (Companhia de Eletricidade de Goiás).

SUPLENTE DE DEMÓSTENES TEM RELAÇÕES PRÓXIMAS COM CACHOEIRA

BRASÍLIA, DF (Folhapress) - Primeiro suplente de Demóstenes Torres, e herdeiro natural de sua vaga, o empresário goiano Wilder Pedro de Morais (DEM-GO), 44, também tem relações com Carlinhos Cachoeira.

Ele foi casado durante oito anos com Andressa Mendonça, com quem tem dois filhos, e que o deixou para ficar com Cachoeira, de quem era amigo.

Quando foi indicado para a suplência de Demóstenes, em 2010, Wilder Morais era um neófito na política. Nunca tinha ocupado cargo público. Filiou-se ao DEM em julho de 2009. Com a eleição de Marconi Perillo ao governo de Goiás, foi nomeado secretário estadual de Infraestrutura, cargo em que permanece até hoje.

Sua atuação sempre se deu na iniciativa privada, principalmente por meio da construtora Orca, criada em 1998. A empresa foi a terceira maior doadora da campanha de Demóstenes, com uma contribuição total de R$ 700 mil.

À Justiça Eleitoral, Wilder declarou um patrimônio de R$ 14,4 milhões.

SEGUNDO SUPLENTE

O julgamento no plenário do processo de cassação de Demóstenes Torres foi acompanhado de perto pelo segundo suplente do senador, José Eduardo Fleury (DEM-GO).

Em caso da recusa em assumir o posto por parte do primeiro suplente, Wilder Pedro de Morais, é Fleury quem assume o mandato previsto para se encerrar no dia 31 de janeiro de 2019.

Além dele, na última fileira de cadeiras do plenário alguns deputados acompanharam o "momento histórico". Entre eles, estava Sandes Junior (PP-GO), alvo de processo na corregedoria da Câmara que investiga a relação dele com o empresário Carlinhos Cachoeira.

A decisão sobre o processo de Sandes Júnior deve ser anunciada na tarde de hoje. Segundo o relator do caso de Júnior, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), o processo será arquivado e não seguirá para o Conselho de Ética da Câmara por "falta de provas".

PERDA

Cassado pelo plenário do Senado, Demóstenes vai perder muito mais do que o seu mandato. A cassação implica na perda de seus direitos políticos pelos próximos oito anos, tempo em que fica impedido de concorrer a cargos públicos, e a cerca de R$ 48.898 em benefícios que recebia mensalmente como senador.

O valor calculado pela Folha de S.Paulo desconsidera os valores da cota semanal de combustível de 125 litros de gasolina ou 180 litros de álcool, o valor de cinco passagens aéreas por mês, de ida e volta entre Brasília e o Estado de origem do Senador, e o valor ilimitado de gastos com telefone celular e despesas médicas.

Benefícios recebidos em dinheiro:

- Salário: R$ 26.723,13

- Auxílio-Moradia: R$ 3.800,00

- Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores: R$ 15.000,00

- Atendimento odontológico e psicoterápico: R$ 25.998,96 por ano

- Telefone fixo: R$ 500,00

- Gráfica: R$ 8.500 por ano

- Telefone celular: ilimitado

- Correios: verba mínima para 4 mil correspondências

- Passagens áreas: valor de cinco passagens aéreas por mês, de ida e volta entre Brasília e a cidade de origem do senador. O valor pode variar de R$ 6 mil a R$ 23 mil

Outros benefícios

- Passaporte especial diplomático

- Revistas e jornais: assinatura de duas revistas e quatro jornais

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