Cosplay cresce no Brasil, após sucesso nos EUA e Japão - Hoje São Paulo
São Paulo, SP, 30/04/2024
 
19/07/2014 - 12h49m

Cosplay cresce no Brasil, após sucesso nos EUA e Japão

Agência Hoje/Isabela Guiaro 
AnimaRecife/Solon Baltar
Fernanda Andrade faz cosplay de "Carrie, a Estranha" na Super-Con, sucesso em Recife
Fernanda Andrade faz cosplay de "Carrie, a Estranha" na Super-Con, sucesso em Recife

São Paulo (Agência Hoje) - Cosplay, abreviação de costume play, é a personificação de um personagem por meio de caracterização, seja ele real ou fictício. O “cosplayer”, como é chamada a pessoa que realiza essa prática, geralmente representa mangás, animes, desenhos animados e jogos japoneses, além de integrantes de bandas e filmes.

O início dos cosplays se deu em 1939, na primeira edição da World Science Fiction Convention (Worldcon), quando os jovens Forrest J. Ackerman e Myrtle R. Douglas causaram agitação por serem os únicos a comparecer fantasiados, ele de piloto espacial e ela com um vestido inspirado no filme “Things to Come”. A popularização, porém, só chegou nos anos 80, quando Noboyuki Takashi visitou a Worldcon em Los Angeles e levou a tradição para o Japão.

Enquanto nos Estados Unidos a prática era vista como a invenção de personagens, no Japão era a representação dos já existentes. Nos anos 90, porém, o cosplay japonês foi reintroduzido nos EUA e, embora ainda haja a tradição de criar personagens, a imitação deles se tornou forte. Mais que um hobby, passou a ser uma indústria em várias partes do mundo.

Perfil de Cosplayer

Os cosplayers se encontram em convenções, onde acontecem desfiles e competições de melhor representação, com prêmios em dinheiro para os três primeiros lugares. Nelas acontecem, também, exibição de animes, karaokê, concurso de dança k-pop (música popular coreana) e contam com atrações especiais. As menores geralmente recebem dubladores, enquanto as maiores convidam bandas internacionais.

A pernambucana de 19 anos, Fernanda Andrade, faz cosplay desde 2012, quando foi à convenção Omakê, a primeira das 10 que participou. Ela garante que o que dá mais trabalho para um cosplayer é ser detalhista, pois nada pode faltar e, para isso, os gastos chegam a pelo menos R$ 200, podendo ser mais se for necessário usar uma peruca. Além disso, ele deve estar preparado para passar calor e saber interpretar.

“Os cosplays mais importantes que eu já fiz foram o da Mrs Lovett [personagem de Helena Bonham Carter no filme “Sweeney Todd”, de Tim Burton], na Super-Con 2012, pois eu realmente queria fazê-lo, e o da Carrie [personagem de Chloë Grace Moretz no remake de “Carrie – A Estranha”, de Kimberly Peirce], no Anima Recife 2013, pois ganhei reconhecimento”, conta Fernanda. “Eu até tentei mostrar o da Carrie para a Chloë, mas ela viu fotos de outro cosplay, e não desse”.

Nos dias 19 e 20 de julho, Fernanda participa da Super-Con Recife, fazendo cosplay de Bellatrix Lestrange, personagem de Helena Bonham Carter em “Harry Potter”, no sábado, e Evil Queen, personagem de “Branca de Neve”, da Disney.

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