Brasília (Agência Hoje*) - A aprovação do governo Dilma Rousseff caiu mais uma vez, agora de 55% para 31%, segundo revelou a pesquisa especial CNI-Ibope, realizada no período de 9 a 12 de julho e divulgada hoje, 25. As áreas com as piores avaliações são saúde, segurança pública e educação, mas o índice de insatisfação com a inflação também é alto.
De acordo com o levantamento, a inflação e as manifestações populares contribuiram fortemente para a queda da popularidade da presidente. O percentual de pessoas que consideram o governo como ótimo ou bom caiu de 55% em junho para 31% neste mês. A informação consta da Edição Especial da Pesquisa CNI-Ibope, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O número de brasileiros que avaliam o governo como ruim ou péssimo também cresceu, chegando a 31%. A popularidade do governo é melhor na Região Nordeste, onde 43% dos entrevistados o consideram o ótimo ou bom. Na Região Sudeste, esse percentual cai para 24%.
O levantamento, feito com 2.002 pessoas entre 9 e 12 de julho, mostra que a aprovação dos brasileiros em relação à maneira de governar da presidente também caiu de 71% em junho para 45% em julho. O número de entrevistados que desaprovam a maneira da presidente governar alcançou 49% e supera o percentual de aprovação.
Menos Confiança
Além disso, a pesquisa revela que o percentual da população que confia na presidente Dilma caiu 22 pontos percentuais em relação a junho e ficou em 45% em julho, menor do que os 50% que disseram não confiar na presidente.
“A queda na popularidade da presidente também se refletiu na comparação entre seu governo e o do ex-presidente Lula”, avalia a CNI-Ibope. Entre os entrevistados, 46% consideram o governo Dilma pior do que o de Lula e 42% acham que os dois governos são iguais. Apenas 10% consideram o governo Dilma melhor que o de Lula.
Na avaliação dos brasileiros, as áreas em que o governo federal tem a pior atuação são saúde (71%), segurança pública (40%) e educação (37%). As três áreas em que o governo apresenta melhor desempenho são: habitação e moradia (28%), fome e miséria (23%) e capacitação profissional (22%).
Nas considerações do gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a queda na avaliação da presidente foi influenciada especialmente pelas manifestações populares. "É possível que essa avaliação melhore daqui para a frente. Mas, provavelmente, não voltará aos patamares anteriores às manifestações", disse ele. Na pesquisa CNI-Ibope de junho, feita antes dos protestos, 55% dos entrevistados classificavam o governo Dilma como ótimo ou bom.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
* Com informações da CNI (Confederação Nacional da Indústria)