São Paulo (Atualização) - A Avenida Paulista, região central da capital, continua com o tráfego interrompido nos dois sentidos para receber as milhares de pessoas que protestam contra o governo federal. Muitos participantes tem o rosto pintado de verde e amarelo ou carregam a bandeira do Brasil.
A corporação interrompeu o tráfego na avenida por volta do meio-dia, para facilitar o início da concentração dos manifestantes. A estimativa da PM é de que 250 mil pessoas participaram das manifestações, a maioria por volta das 16h.
Em reunião com a PM, os grupos que convocaram o protesto definiram lugares fixos para os carros de som. Antes, o Movimento Brasil Livre, um dos organizadores da manifestação, chegou a acionar a Justiça para que os grupos que defendem a intervenção militar mantivessem distância do carro de som do movimento. Com o acordo, cada grupo ficou com um espaço definido e o Brasil Livre desistiu da demanda judicial.
Além dos discursos pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff, foram montadas tendas para coleta de assinaturas para embasar um pedido de impeachment da presidente. As estações de metrô que atendem a Avenida Paulista funcionam normalmente. Na última manifestação, algumas tiveram de ser fechadas devido ao fluxo excessivo de pessoas.
Há a expectiva de que o ato seja reforçado por caminhoneiros da Grande São Paulo. Os motoristas participaram do último protesto.
MANIFESTANTES PROTESTAM CONTRA CORRUPÇÃO E PEDEM IMPEACHMENT
Brasília - Manifestantes que protestam contra a corrupção e defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff chegaram há pouco ao gramado em frente ao Congresso Nacional. De acordo com a Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, mais de 20 mil pessoas participam do ato. A marcha teve início nas proximidades do Museu da República.
Além de criticar o PT e o governo, os manifestantes também a saída do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli do cargo - por ter sido advogado do PT e indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva – e a redução do número de ministérios e de deputados. Eles também querem mudanças na legislação eleitoral para acabar com a suplência para senadores.
Acompanhado dos pais, o estudante Gustavo Cunha de Abreu disse que decidiu deixar a diversão de lado para participar da manifestação para que "os jovens tenham um futuro melhor". "Eles pensam que nós jovens somos alienados, mas não é verdade. Estamos aqui para mudar o meu futuro e de mais de 200 milhões de pessoas. Isso [a manifestação] pode mudar o meu futuro, o videogame não", disse o estudante.
O aposentado Carlos Oscar contou que deixou muitas tarefas a fazer em casa para ir às ruas para que os filhos e netos possam ter um país melhor e com menos corrupção. "Esse governo mentiu o tempo todo. Nosso país está sendo enganado. Gostaria de estar em casa, tenho muitas coisas para fazer, mas estou aqui pelos jovens. A situação hoje está muito triste", disse o aposentado.
Neste momento, o protesto se concentra em frente ao Congresso, mas há manifestantes por toda a Esplanada. Duas ocorrências foram registradas pela PM. Uma motociclista foi preso depois de discutir com outro manifestante, perto da Torre de TV. Ele portava um facão e uma barra de ferro e seguia para a manifestação no momento em que foi detido. Também foi encaminhado à delegacia um morador de rua embriagado que causava tumulto no local.
NO RIO, MANIFESTAÇÃO OCUPA RUAS DA PRAIA DE COPACABANA
Rio de Janeiro (Agência Brasil) - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro reforçou todo o policiamento na orla de Copacabana, zona sul da cidade, onde estão previstas durante a manhã e a tarde de hoje (12) várias manifestações populares, cuja concentração será no Posto 5, na Avenida Atlântica. Estarão no local 400 policiais.
As primeiras manifestações visam a apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que prevê a redução da maioridade penal, além da punição dos corruptos e a luta por um Brasil melhor.
A maior passeata, porém, é aguardada para o início da tarde, organizada pelo Movimento Brasil Livre, que defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com dados da PM, a segurança do Rio de Janeiro ganhou o reforço de 1,4 mil novos policiais militares no primeiro trimestre deste ano. Os soldados passaram por capacitação no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em Sulacap, zona oeste da capital fluminense. Os soldados se somaram ao efetivo de 48 mil homens, que integram a Polícia Militar no estado.