A gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, receberá proteção da Polícia Federal, após divulgação de denúncias de graves irregularidades cometidas por funcionários da empresa no Brasil e no exterior.
Venina alertou a alta direção da Petrobras, inclusive a atual presidente, Graça Foster, sobre superfaturamento e o esquema de corrupção. As denúncias foram enviadas por e-mail, eram detalhadas e indicavam situações, nomes e locais onde ocorriam. Com o detalhe de que foram feitas muito antes da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Em troca, a moça sofreu pressões, foi perseguida, transferida para Singapura, ameaçada de morte e, por fim, demitida. Como as ameaças continuam, o deputado Ronaldo Caiado, do DEM-GO, pediu proteção policial imediata.
Para quem não sabe, Singapura, para onde Venina foi transferida, fica a 17.504 quilômetros de Brasília. Em linha reta.
Proteção Total 1
A nova denúncia, incluindo cópias de e-mails encaminhados à própria presidente da Petrobras, Graça Foster, é mais uma grande pedra no sapato da executiva.
A Nota divulgada pela Petrobras nesta sexta-feira, 12, é vazia e mais ataca a funcionária do que esclarece a situação. No mais, afirma que investigações internas feita pela empresa não confirmaram as denúncias. Quem investigou? Nessas alturas, é preciso investigar o investigador.
Proteção Total 2
O próximo passo dos parlamentares da oposição e até de alguns da base aliada do Governo, é convidar a ex-gerente para detalhar no plenário do Congresso alguns pontos da denúncia, em especial os relacionados à Refinaria Abreu e Lima.
O caso de Venina Velosa da Fonseca foi levado para o mundo da mídia na edição de sexta-feira, 12, do jornal Valor Econômico, diário de grande credibilidade e respeito no Brasil e no exterior.